sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Fenômeno responsável por temporais em Minas Gerais não ameaça o Ceará, garante meteorologista


O fenômeno climático responsável pelas fortes chuvas que castigam Minas Gerais desde o início de janeiro não possui qualquer relação com as precipitações de pré-estação registradas no Ceará nos últimos dias. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Fundação Cenário da Meteorologia e Recursos Hídricos), Vinicius Oliveira, que descarta pluvios eventos com potencial devastação nos municípios meteorologistas, que estão em situação de emergência.

O especialista declarando que, em Minas Gerais, está associado à formação de uma Zona de convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no Ceará as precipitações são causadas pelo sistema Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), com grau de intensidade inferior ao primeiro. “Nessa época do ano é comum a ocorrência desses dois tipos de fenômenos meteorológicos. No caso de informações que temos, ambos os sistemas já estão em fase de dissipação e perder força nos próximos dias”, explica Oliveira.

O meteorologista acrescenta que, ao contrário dos comentários que ouviu nos últimos dias, há possibilidade, ainda que remota, de como chuva, no estado do Sudeste se deslocará em para o Ceará. “Se essa ZCAS pode ter o caso do Nordeste, como Bahia, por exemplo, pode influenciar as condições do tempo no sul do Ceará, o que não foi. Esse cenário afasta qualquer chance dessa chuva registrada em Minas Gerais chegar ao nosso Estado”, pontuou.

De acordo com Funme, a tendência é que o Ceará continue a influência do sistema VCAN até o próximo sábado, 15. O estado apresenta condições previstas em todasce para a ocorrência de chuvas. As chuvas podem ser causadas por áreas de instabilidade, além de efeitos climáticos como temperatura, umidade e umidade.

Alta nos volumes

As chuvas de pré-estação registradas nos 13 primeiros dias de 2022 no Ceará já são mais volumosas do que as precipitações observadas em todo o mês de janeiro do ano passado. De acordo com o painel das chuvas, gerenciado pela Funceme, a média de pluviometria dos 184 municípios do Estado chega a 88,1 mm, quase o dobro dos 45,9 mm contabilizados no intervalo mensal de 2021. Até o fim do mês, a previsão é que o volume cresça ainda mais e ultrapasse a normal climatológica prevista para o período (98,7 mm).

No cenário por macrorregião, o Maciço do Baturité concentra a maior média até agora (147 mm). Em seguida aparecem o Cariri, com 135 mm, e o Litoral de Fortaleza, com 131 mm. Nas demais divisões territoriais — Ibiapaba (89 mm), Litoral do Pecém (88 mm), Sertão Central e Inhamuns (77%), Jaguaribana (74 mm) e Litoral Norte (72 mm) — os acumuladores também apresentaram bons volumes.

Com informações do O Povo.