sábado, 29 de janeiro de 2022

Cearense cujo filho teve retinoblastoma relata sobre a luta contra a doença


“Podia ser eu falando cada palavra”. Foi assim que se sentiu a publicitária Virna Timbó, 37, ao assistir ao testemunho do apresentador Tiago Leifert e de sua esposa, a jornalista Daiana Garbin, neste sábado (29), sobre Lua, filha única do casal, ter sido diagnosticada com retinoblastoma.

Lucas, 6, filho caçula de Virna, também foi diagnosticado com esse tipo raro de câncer aos três meses de idade. “Eu achava o olhar dele diferente. Era como se, às vezes, o olho dele tremesse quando ia se movimentar. Marquei uma oftalmologista até meio cética, achando que era exagero meu, porque sei que os bebês são um pouco estrábicos”, lembra.

Na consulta com a especialista, Virna conta que foi feito um exame simples de fundo de olho, sem sedação, e a médica logo suspeitou de retinoblastoma.

“Ela disse que acreditava ser um câncer. Nessa hora, peguei o Lucas e saí do consultório, sem acreditar”. Dias depois, o menino foi submetido a um exame mais específico que confirmou o diagnóstico. “Eu e o Bruno [esposo] nos sentimos culpados de alguma forma. Parecia que tínhamos feito alguma coisa que tivesse causado isso ao nosso filho”, recorda a mãe.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) define o retinoblastoma como um “tumor maligno originário das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão, afetando um ou ambos os olhos. Geralmente ocorre antes dos 5 anos de idade”.

TRATAMENTO

Depois do baque do diagnóstico, Virna e seu esposo buscaram informações sobre a doença em consultas com a oftalmologista e fontes de credibilidade na internet.

Eles descobriram que, em Fortaleza, há um ambulatório específico de retinoblastoma no Centro Pediátrico do Câncer, dirigido pela Associação Peter Pan. No entanto, o casal optou por buscar tratamento em São Paulo, com um médico reconhecido na área.

Assim que chegou à capital paulista, Lucas fez seis sessões de quimioterapia. Mas, cinco meses depois, o tumor voltou. “Na idade que ele estava já seria possível fazer a quimioterapia intra-arterial, direto no olho, a mesma que o Tiago [Leifert] mencionou [no vídeo]. Então, ele fez duas sessões dessa quimio e atingiu um resultado satisfatório. O tratamento continuou com laser e crioterapia por aproximadamente oito meses. Desde então, ele está bem”, celebra.

Com informações do Diário do Nordeste.