Foto Tânia Rêgo/ Agência Brasil |
O
governo da Índia liberou as exportações comerciais de vacinas contra a
covid-19. As primeiras remessas serão enviadas na sexta-feira para
Brasil e Marrocos, disse o secretário de Relações Exteriores da Índia,
Harsh Vardhan Shringla, nesta quinta-feira (21), à Reuters.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, compartilhou a informação pelas redes sociais.
As
vacinas desenvolvidas pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela
Universidade de Oxford estão sendo fabricadas no Instituto Serum da
Índia, o maior produtor mundial de vacinas, que recebeu pedidos de
países de todo o mundo.
O
governo indiano suspendeu a exportação de doses até iniciar seu próprio
programa de imunização no fim de semana passado. No início desta
semana, a Índia enviou suprimentos gratuitos para países vizinhos,
incluindo Butão, Maldivas, Bangladesh e Nepal.
O
secretário disse que o fornecimento comercial da vacina começaria na
sexta-feira, de acordo com o compromisso do primeiro-ministro Narendra
Modi de que a capacidade de produção da Índia seriam usadas por toda a
humanidade para combater a pandemia.
“Seguindo
essa visão, respondemos positivamente aos pedidos de fornecimento de
vacinas manufaturadas indianas de países de todo o mundo, começando
pelos nossos vizinhos”, disse ele, referindo-se ao fornecimento
gratuito.
“O
fornecimento das quantidades comercialmente contratadas também começará
a partir de amanhã, começando por Brasil e Marrocos, seguidos pela
África do Sul e Arábia Saudita”, acrescentou.
Doses
O
ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, declarou em entrevista coletiva na
segunda-feira que a conclusão da viagem para trazer um carregamento de
vacinas importadas da Índia deveria ter uma resolução ainda “nesta
semana”.
“Estamos
contando com essas 2 milhões de doses para que a gente possa atender
mais ainda a população”, informou Pazuello na ocasião.
Bolsonaro
O
presidente Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais sobre a
decisão do governo da Índia de liberar as exportações de vacina contra a
covid-19 e elogiou o trabalho do ministro das Relações Exteriores,
Ernesto Araújo, e dos servidores do Itamaraty.