
Os
criadores têm até o próximo dia 5 de janeiro para declarar a vacinação
da segunda etapa da campanha anual contra a febre aftosa em bovinos e
bubalinos. Quem não apresentar a declaração vai ser multado. A venda das
doses do imunizante foi encerrada oficialmente no sábado passado (19).
Na semana anterior, o índice de cobertura estava em torno de 85%, mas a
meta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) é de 90%.
Nesta
segunda etapa da campanha, há obrigatoriedade de vacinação apenas dos
animais de até 24 meses de idade. O coordenador estadual da campanha de
vacinação contra a febre aftosa, Joaquim Sampaio, frisou que há muitas
declarações a serem apresentadas e acredita que a meta será atingida.
Joaquim
Sampaio advertiu os criadores para a obrigatoriedade da declaração. “Se
não declarar é como se não tivesse vacinado e vai sofrer multa”,
pontuou. “Esperamos a adesão e conscientização de todos os produtores
sobre a importância da campanha para o Ceará tornar-se uma área livre de
aftosa sem vacinação”.
O
valor da multa é de R$ 22,50 por animal. De acordo com a Adagri, o
Ceará tem cerca de 2,6 milhões de bovinos e 1,4 mil de bubalinos.
Como
permanece o cenário de pandemia do novo coronavírus, o recomendado é
fazer a declaração virtualmente, pelo Portal do Produtor. Basta acessar
www.adagri.ce.gov.br, acessar a aba de serviços e clicar no Portal do
Produtor.
Somente
na impossibilidade de a declaração ser realizada online, que o produtor
pode fazer de forma presencial em uma das 40 unidades de atendimento da
Adagri ou nos escritórios dos parceiros.
A
declaração pode ser feita na Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Ceará (Ematerce), Secretarias Municipais de Agricultura e nos
escritórios conveniados da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará
(Faec).
Outro Estados
Além
do Ceará, outros estados nordestinos apresentam dificuldades para
alcançar a meta do Mapa. Neste ano, a pandemia do novo coronavírus
reduziu os índices de cobertura vacinal.
Diante
desse quadro, a campanha foi prorrogada de 30 de novembro para 19 de
dezembro passado. De acordo com a Adagri, são 950 mil bovinos e
bubalinos. Esse total corresponde a cerca de 40% do rebanho cearense.
O
Ceará e outros estados nordestinos vivem a expectativa de que em 2021
após as duas campanhas de vacinação em maio (quando todos os animais
devem ser imunizados) e em novembro (apenas os de até 24 meses de idade)
possam obter o status de região livre de aftosa sem vacinação,
inicialmente concedido pelo Mapa e posteriormente pela Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE).
O
status de zona livre de aftosa sem vacinação vai impactar de forma
positiva “as exportações de carne e de produtos derivados, favorecendo a
economia regional e em particular os criadores”, pontua Sampaio.
No
Brasil, apenas Santa Catarina tem status de zona livre de aftosa
reconhecido pelo Mapa e pela OIE. Em 2019, houve o reconhecimento apenas
pelo Mapa de Paraná, Rio Grande do Sul, Acre e Rondônia. Os animais
desses estados estão dispensados de vacinação desde o início de 2020 e
aguardam reconhecimento internacional.