Os
pré-candidatos a prefeito e a vereador nas 184 cidades do Ceará começam a
traçar planos para readequar a agenda com a mudança no calendário das
eleições 2020. O adiamento do pleito pode dar fôlego aos atuais gestores
que têm direito a reeleição ou que querem manter o comando político do
Município nas mãos de um aliado.
Com o
domínio da caneta, os prefeitos terão mais dois meses para se articular e
atrair apoio na corrida eleitoral. O tempo pode até ser considerado
curto, mas é muito longo para quem está fora do poder e não tem as
condições administrativas e políticas para somar mais adesões e
construir bases eleitorais mais consistentes. É, assim, que pensam
muitos prefeitos e dirigentes partidários.
PEC DO ADIAMENTO
Os
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM), em sintonia com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), ministro Luis Roberto Barroso, fecharam o consenso para adiar
para o final de novembro ou início de dezembro o primeiro turno do
pleito que estava marcado para o dia 4 de outubro.
A
alteração de data da eleição passa pela aprovação de uma Proposta de
Emenda à Constituição (PEC). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já se
antecipou para anunciar que, até o final do mês de junho, será votada a
PEC transferindo as datas da eleição. Uma das propostas apresentadas,
que é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL) propõe o primeiro
turno para o dia 6 de dezembro. Outra PEC, de iniciativa do senador
Major Olímpio (PSL), sugere a transferência das eleições para 2022.