
Segundo Guimarães, desde a quarta-feira passada, as filas estão
zeradas. “Realmente, na segunda e terça-feira, há duas semanas atrás,
houve um pouco de atraso em questão da tecnologia e foi onde tivemos
filas, o que já não acontece há alguns dias. Desde quarta-feira a
redução foi enorme. Nos últimos quatro, cinco dias, não tivemos [filas]
nas 4,2 mil agências.”
Convidado pela comissão mista do Congresso Nacional que acompanha as
ações de combate ao novo coronavírus, Guimarães respondeu, em
videoconferência, a perguntas de vários parlamentares. Ele reconheceu
que, nas primeiras semanas da disponibilização do benefício, houve
atraso no pagamento, mas ressaltou que grande número de pessoas ia às
agências mesmo sem saber se tinha direito ao auxílio.
Segundo o presidente da Caixa, 60% das filas eram formadas por
pessoas com muitas dúvidas para tirar e que não tinham certeza de ter
direito de receber o auxílio. Além disso, a maior parte dos que vão às
agências são pessoas muito carentes que, além de precisar do dinheiro,
têm dificuldades em operar um celular ou um caixa eletrônico. Contudo,
Guimarães disse acreditar que as grandes filas vistas no início do
pagamento da primeira parcela não serão mais vistas, embora considere
impossível prever o fim de qualquer fila. “Nós temos menos filas, e
quando tivermos a segunda parcela serão mais ordenadas.”
Os senadores Esperidião Amin (PP-SC) e Zenaide Maia (Pros-RN)
lembraram Guimarães da possibilidade de incluir mais pessoas entre as
habilitadas ao benefício por meio do Projeto de Lei (PL) 873, já
aprovado no Congresso Nacional. O PL depende apenas de sanção do
presidente da República. Demonstrando tranquilidade em relação ao
possível aumento no fluxo de beneficiários. Pedro Guimarães informou que
o pagamento será ordenado por dia de nascimento.
“[Sobre] essas novas categorias, o mais difícil já foi feito, será
uma diferença menor. O aplicativo já está eficiente, e a parte
operacional está bem treinada. Vai ser de acordo com o mês de
nascimento. É uma coisa mais fácil de organizar. Faremos em dias
escalonados para não ter todo mundo na agência ao mesmo tempo, que foi o
que aconteceu há duas semanas”, afirmou Guimarães.