Começa
nesta segunda-feira (11) mais uma fase da Campanha Nacional de
Vacinação contra a Gripe. De acordo com o Ministério da Saúde, esta fase
da campanha será dividida em duas etapas. Entre 11 e 17 de maio terá
como público-alvo pessoas com deficiência; crianças de 6 meses a menores
de 6 anos; gestantes e mães no pós-parto até 45 dias. Na segunda etapa,
entre 18 de maio a 5 de junho, serão incluídos professores das escolas
públicas e privadas e adultos de 55 a 59 anos de idade.
Segundo
o governo, a exemplo das demais fases, a meta é vacinar pelo menos 90%
de cada um dos grupos até dia 5 de junho, data em que a Campanha
Nacional de Vacinação se encerra. Na segunda fase da campanha – iniciada
em 16 de abril e com previsão de encerramento neste domingo em todo o
país – 36% (ou 5,6 milhões de pessoas) do público-alvo foram vacinados,
índice ainda abaixo dos 90% pretendidos.
De
acordo com o Ministério da Saúde, faltam ainda cerca de 10 milhões de
pessoas do grupo prioritário pretendido pela segunda fase da campanha,
voltada a povos indígenas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de
transportes coletivos, trabalhadores portuários, membros das forças de
segurança e salvamento; pessoas com doenças crônicas e outras condições
clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas
socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do
sistema prisional.
Caminhoneiros, motorista e portuários
Profissionais
de transporte coletivo (motoristas e cobradores), caminhoneiros e
portuários, que fazem parte do público-alvo da segunda fase, registraram
a menor procura dentro do grupo. Até o momento, 467 mil doses foram
aplicadas nestes profissionais, quando a estimativa era vacinar 2,6
milhões.
“Motoristas
e cobradores, caminhoneiros e portuários devem buscar a vacinação,
independente do seu estado ou município de residência, em qualquer
serviço público de vacinação, fixo ou móvel, pois transitam em todo o
país”, informou o ministério.
Ainda
segundo a pasta, é recomendada a apresentação de algum documento
comprobatório, como carteira de trabalho, contracheque com documento de
identidade, carteira de sócio dos sindicatos de transportes, carteira de
habilitação (categorias C, D ou E), registro no Órgão Gestor de Mão de
Obra (Ogmo) ou declarações dos serviços onde atuam.
“Pessoas
com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas
especiais devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação.
Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do
SUS [Sistema Único de Saúde] deverão se dirigir aos postos em que estão
registrados para receber a vacina, sem a necessidade de apresentação de
prescrição médica”, informou, por meio de nota, o Ministério da Saúde.
Na
primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação, dirigida a idosos com
60 anos ou mais e a trabalhadores da saúde, mais de 18,9 milhões de
idosos foram vacinados, o que corresponde a 90,66% deste público –
índice acima da meta pretendida pelo governo. No caso dos trabalhadores
da saúde, que registrou um total de 3,8 milhões de profissionais
imunizados, o número corresponde a 75,5% do grupo.
Influenza
Até o
dia 18 de abril deste ano, foram registrados 1.696 casos de pessoas
hospitalizadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave devido à influenza
(gripe) em todo o país. O ministério contabiliza 163 mortes pela doença.
Do
total de casos cuja subtipagem foi identificada, 468 foram casos de
influenza A (H1N1), com 66 óbitos; 45 casos e 10 mortes por influenza A
(H3N2), 263 de influenza A não subtipado, com 43 óbitos; e 399 casos e
44 mortes por influenza B.
Houve 455 casos em que a subtipagem não foi identificado, mas em todas as mortes houve essa identificação.
O
governo federal tem ressaltado que a importância do registro e
monitoramento das doses aplicadas no sistema de informação é de grande
importância. No entanto, até o momento, cinco municípios de Rondônia, do
Amazonas e do Pará ainda não registraram nenhuma dose aplicada no
sistema de informação.