Para o dirigente do clube tricolor, a aparição de um dos símbolos do time em um vídeo de Bolsonaro gerou uma associação com o noticiário negativo do fim de semana, quando o Brasil chegou à marca de 10 mil mortos pela pandemia do novo coronavírus.
"Foi ruim ver a camisa do Bahia relacionada ao momento dos 10 mil mortos, mas cada um usa a camisa do Bahia. Não posso condenar o Presidente da República de jeito nenhum. Dentro da torcida do Bahia tem
pessoas que votam em A, B e C. Não posso ficar aqui condenando pessoas
especificamente. Tenho que lutar por causas. E é isso que o Bahia tem feito", disse Bellintani à rádio A Tarde FM.
No vídeo citado por Bellintani, Bolsonaro está com a camisa do Bahia em um jet ski, enquanto é filmado por algumas pessoas que estão em um barco no Lago Paranoá. O presidente do Brasil chega
até mesmo a se aproximar dessa outra embarcação e durante a conversa,
permite ser gravado e comenta sobre a pandemia. "É uma neurose, 70% vai
pegar o vírus, não tem como. É uma loucura", afirmou na ocasião.
Na entrevista à emissora, o presidente do Bahia disse
que tem como uma das preocupações fazer o clube ser associado a causas
sociais e, por isso, considerou negativa a exposição da camisa do time
em um outro contexto. "A gente quer ser conhecido por notícias positivas
e por enfrentamento dos problemas sociais graves. O Bahia escolheu a política afirmativa de combater problemas sociais graves, de defender causas humanitárias", comentou.