Um levantamento estatístico do Instituto Ampla Pesquisa, divulgado nesta terça-feira (31), mostra que o Ceará registrou a menor taxa de evolução de casos confirmados do novo coronavírus desde o último dia 23 de março, quando o crescimento ficou estável.
Entre os dias 29 e 30 de março, o aumento foi de 23 novos casos, apenas
6,41% a mais no intervalo entre um dia e outro. Até então, a taxa
variava entre 11% e 14%.
O Ceará já registrou 5 mortes e 382 conformações. De
acordo com o Instituto, a redução indica que as medidas de isolamento
social implantas no Estado estão começando a fazer efeito. “Dessa forma,
as medidas de isolamento social começam a ser refletidas. Se
conseguirmos manter essa velocidade, a curva chegará ao pico sem a
temida sobrecarga no sistema de saúde público”, considera o estudo.
No último sábado (28), o governador Camilo Santana anunciou a prorrogação, até o dia 5 de abril, do Decreto Estadual
que mantém o isolamento social em todo o território cearense. A
primeira decisão entrou em vigor no dia 20 de março e tinha validade por
10 dias.
Agliberto Ribeiro, diretor do Instituto, reforça que a curva, por
natureza, vai continuar crescendo - e ainda não se sabe por quantos
dias. Contudo, desde o dia 23, a evolução vem mantendo estabilidade, com
incremento diário varia entre 12% e 14%.
“É um número a ser comemorado. Sabemos que ainda tem muitas pessoas que precisam fazer o teste, mas trabalhamos com amostras e acreditamos que os números dos boletins são reais”, explica.
Ribeiro lembra que o objetivo do estudo não é ser a favor ou contra o
isolamento, mas municiar a população e as autoridades (Governo do
Estado e gestões municipais) de dados técnicos para auxiliar nas tomadas
de decisão.
O diretor afirma que a equipe estatística aguarda novos boletins
epidemiológicos para ter um número “mais robusto” e, ainda nesta semana,
elaborar uma nova análise com a probabilidade de quando o Ceará
enfrentará o pico de casos.