A Espanha registra agora 13.716 casos do novo coronavírus,
com 602 mortes, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (18) pelo
Ministério da Saúde, o que representa um aumento de 18% por dia em novos
casos positivos e torna o país ser o quarto mais afetado no mundo.
O diretor do Centro de Alertas e Emergências em Saúde, Fernando Simón,
disse durante entrevista coletiva que existem 774 pacientes em Unidades
de Terapia Intensiva (UTI) e 5.717 hospitalizados (42% do total).
Simón explicou que a taxa de novos casos da Covid-19 é semelhante à de
ontem (17,7%), o que aponta para uma redução em relação ao forte aumento
da semana passada, apesar de insistir em mostrar cautela.
Ele também se referiu aos surtos que estão ocorrendo em asilos, tanto
em Madri quanto em outras cidades do país, e insistiu que em grupos
vulneráveis, ainda mais naqueles que estão concentrados em um só local,
"a epidemia tem um impacto muito importante".
De fato, o Ministério Público de Madri, após uma queixa, investiga a
morte de 17 idosos pelo novo coronavírus em um asilo na capital.
Com relação aos testes rápidos para detectar a doença, o porta-voz da
Saúde afirmou que começarão a ser utilizados amanhã ou na sexta-feira e
alertou que isso pode aumentar o número de resultados positivos, embora
tenha insistido não esperar "uma avalanche de casos graves".
Fernando Simón, que reconheceu a saturação existente em algumas UTIs
hospitalares, afirmou que essa pandemia os coloca em um nível
desconhecido de tensão, para interrompê-lo e atender aos pacientes que
estão avaliando "novas opções nas quais sequer pensávamos".
Em relação ao transporte, os trens continuam com baixa ocupação; em
Madri, por exemplo, apenas 25%, e também há uma redução significativa na
ocupação de ônibus, trens e transporte aéreo.
