Em pouco mais de oito meses de força-tarefa, o INSS já suspendeu ou
cancelou definitivamente o pagamento de 254 mil benefícios com indícios
de fraude ou outras irregularidades. Pessoas mortas que continuavam
recebendo os valores mensais e servidores estaduais e municipais que
ganhavam o benefício assistencial voltado à baixa renda são as
irregularidades mais comuns. A economia com os cancelamentos chega a R$
4,37 bilhões anuais.
Ao editar a Medida Provisória antifraude, em janeiro deste ano, o
governo projetava uma economia de pouco mais de R$ 10 bilhões neste ano.
O pente-fino começou em janeiro, mas se intensificou apenas em julho com
o sinal verde do Congresso para o pagamento do bônus aos funcionários
do INSS por análise extra realizada.
Até agora, os benefícios irregulares representam 24% dos processos
analisados pelo órgão, um índice acima da média histórica de 15% a 20%.
Os dados não incluem o pente-fino nos benefícios por incapacidade (como
aposentadoria por invalidez e auxílio-doença), cujas perícias estão
sendo conduzidas pela Secretaria de Previdência. Por isso, a economia
pode ser ainda maior.