quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bolsonaro nega "toma lá, dá cá" com liberação de emendas

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia de posse do ministro da Secreataria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, no Palácio do Planalto, em Brasilia. 4/7/2019. REUTERS/Adriano Machado
Diante da acusação pela oposição de que o seu governo estaria usando a liberação de emendas parlamentares para obter votos em favor da aprovação da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) publicou na noite desta terça-feira, 9, uma mensagem em sua conta no Twitter em que afirma estar "apenas cumprindo o que a lei determina".
"Por conta do orçamento impositivo, o governo é obrigado a liberar anualmente recursos previstos no orçamento da União aos parlamentares e a aplicação destas emendas é indicada pelos mesmos", escreveu. 

Na tarde desta terça, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), anunciou que a sigla irá protocolar na Procuradoria-Geral da República (PGR) uma representação em que acusa o presidente por crime de improbidade administrativa "por compra de votos com dinheiro público". 

Só na terça, o governo federal liberou R$ 1,13 bilhão em emendas parlamentares voltadas para a área da saúde. A decisão está formalizada em 37 portarias editadas ontem à noite em duas edições extraordinárias do Diário Oficial da União (DOU) publicadas com a data de segunda-feira.