Diante da acusação pela oposição de que o seu governo estaria usando a
liberação de emendas parlamentares para obter votos em favor da
aprovação da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) publicou na noite desta terça-feira, 9, uma mensagem em sua conta
no Twitter em que afirma estar "apenas cumprindo o que a lei
determina".
"Por conta do orçamento impositivo, o governo é obrigado a liberar
anualmente recursos previstos no orçamento da União aos parlamentares e a
aplicação destas emendas é indicada pelos mesmos", escreveu.
Na tarde desta terça, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo
Pimenta (RS), anunciou que a sigla irá protocolar na Procuradoria-Geral
da República (PGR) uma representação em que acusa o presidente por crime
de improbidade administrativa "por compra de votos com dinheiro
público".
Só na terça, o governo federal liberou R$ 1,13 bilhão em emendas
parlamentares voltadas para a área da saúde. A decisão está formalizada
em 37 portarias editadas ontem à noite em duas edições extraordinárias
do Diário Oficial da União (DOU) publicadas com a data de segunda-feira.