O presidenciável Ciro Gomes (PDT) foi
sabatinado nesta terça (18) por representantes de sociedades científicas
e de universidades brasileiras em evento promovido pela SBPC (Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência).
O candidato do PDT à presidência assinou uma carta de compromisso e
disse concordar integralmente com a pauta proposta pelos cientistas,
como o compromisso contra a Emenda Constitucional 95, que instituiu o
teto de gastos, o que teve efeito deletério no financiamento das
pesquisas no país. A área vinha sofrendo cortes sucessivos desde 2013.
Ele disse que, caso eleito, vai buscar um cientista que seja bom
gestor para o posto de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação -o
ministério seria separado do de Comunicações.
Outro assunto recorrentemente abordado pelo candidato foi a produção
energética. Ele afirmou que a construção de hidrelétricas como a de Belo
Monte teve impacto ambiental mínimo. Gomes disse que se eleito cumprirá
os acordos climáticos assinados pelo Brasil.
Quando questionado quanto à escolha de sua vice, Kátia Abreu, que já
recebeu o inglório prêmio Motosserra de Janeiro ONG Greenpeace, Ciro
disse que Abreu não é idêntica a ele e que o completa.
Segundo ele, muitos candidatos sofrem de "complexo de Freixo",
referindo-se ao psolista do Rio de Janeiro, cuja intransigência e
correção, na opinião do candidato, resultou na eleição de Crivella.
Ele disse que muitos setores da
sociedade, como o agronegócio, estão repletos de eleitores do Bolsonaro,
mas que "o coiso não ganha".