Esfaqueado
na última quinta-feira (6) durante um ato de campanha em Juiz de Fora, o
candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) foi levado à Santa Casa da
cidade mineira. A rapidez e a eficiência da equipe médica do local
foram essenciais para salvar sua vida. No dia seguinte, o candidato foi transferido para o hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Na Santa Casa de Juiz de Fora, tudo foi pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a revista Piauí,
a equipe médica receberá R$ 367,06 pelo tratamento cirúrgico de lesões
vasculares traumáticas do abdômen, conforme a tabela. E o hospital, R$
1.090,80.
Assim como outras entidades filantrópicas, a Santa Casa de Juiz de Fora enfrenta dificuldades financeiras. O local relata prejuízos relacionados a repasses do SUS que ultrapassam R$ 27 milhões, segundo levantamentos de 2017.
Mas,
se depender de Bolsonaro, os recursos destinados ao SUS não serão
ampliados. No programa inscrito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o
candidato do PSL considera excessivos os atuais gastos com saúde.
É o que aponta a análise “A
saúde nos programas dos candidatos à Presidência da República do Brasil
em 2018”, feita pelos pesquisadores Mario Scheffer (USP), Ligia Bahia
(UFRJ) e Ialê Falleiros Braga (Fiocruz), a partir das proposições
oficiais para a área de todos os candidatos à Presidência.
Segundo
os autores, Bolsonaro fundamenta seu diagnóstico em dados mal
interpretados de um gráfico desatualizado que faz uma comparação de
gastos em saúde de diversos países.