O presidente Michel Temer assinou o decreto determinando o uso
das forças federais para liberar as rodovias e reabastecer o país com os
produtos retidos nas estradas. O decreto, publicado na noite de hoje
(25), em edição extra do Diário Oficial da União, autoriza o emprego das
Forças Armadas no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) até o
dia 4 de junho.
Com isso, os militares darão
apoio às forças policiais, como a Polícia Militar (PM), a Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e a Força Nacional, na liberação das estradas.
Além disso, as Forças Armadas poderão requisitar veículos e levá-los
para distribuição dos produtos que carregam, mas isso só será feito caso
o dono do caminhão – seja a empresa ou o próprio motorista – se negar a
seguir viagem.
“A requisição de bens é um item
do menu de opções que o governo tem em qualquer circunstância. Na
medida que as coisas não voltarem à normalidade, o governo vai usar o
instrumento que tem. A requisição é um ato de posse. Requisita, utiliza e
devolve. É uma hipótese. Poderá ser utilizada na medida que for
necessária”, disse o ministro do Gabinete de Segurança Institucional
(GSI), Sergio Etchegoyen, em entrevista coletiva realizada nesta
sexta-feira no Palácio do Planalto, horas antes da edição do decreto.
Além
de disponibilizar motoristas para o caso de requisição de veículos, as
Forças Armadas também podem escoltar caminhões que transportam produtos
essenciais, oferecer ao serviço policial caminhões-tanque e outros
veículos necessários para o cumprimento da GLO.
A
paralisação dos caminhoneiros chegou ao quinto dia nesta sexta-feira.
Mesmo após o acordo, várias estradas continuaram obstruídas, ainda que
parcialmente, pelos grevistas. De acordo com o governo, no entanto, as
interdições reduziram de 938 para cerca de 500, sendo que em nenhuma das
restantes houve interrompimento total do trânsito. Segundo o
ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, as informações são
passadas pelos postos da PRF espalhados pelo país.
Agência Brasil