Quem
vê Pabllo Vittar no palco, vislumbra alguém com um alto teor de
sensualidade e afirmação pessoal. A Drag queen mais famosa do Brasil,
responsável por vários hits e de um programa todo seu no Multishow, a
cantora e apresentadora, no entanto, recorda as dores e as delícias de
se assumir como é.
No
último dia 12, Pabllo chorou assim que terminou a canção
“indestrutível” no seu show, em Goiânia. Mas não foi de emoção com o
público, e sim por lembrar que perdera o amigo Matheus Passarelli, de 21
anos, “por causa da homofobia”.
Não-binário, o estudante de Artes Visuais da Uerj foi morto no Morro
do Dezoito, em Quintino, na Zona Norte do Rio, no fim do mês passado.
Originário do Maranhão, Phabullo Rodrigues da Silva Araujo já levou
prato de sopa na cabeça na fila da merenda e, mais tarde, perdeu
oportunidades profissionais por causa do preconceito, noticia o Extra.
Mesmo criticada algumas vezes pela falta de afinação, Pabllo garante
que prefere ser uma voz de ativista gay. Mais do que uma artista, ela é
um ícone da causa.
“Ser afeminado é revolucionário! Eu amo ter nascido menino gay!
Noooossa… Adoro ser veado, drag queen! Nunca quis ser mulher. Poder me
transformar é maravilhoso!”
Ao falar sobre sexo, Pabllo diz que dá para ficar sem ter relações
sexuais por três meses, como já aconteceu. Mas transar por dinheiro não
rola:
“Já recebi algumas propostas
indecentes. Um cara estava disposto a pagar R$ 60 mil por uma noite
comigo. Não aceitei. Respeito muito a minha drag e tudo o que eu
conquistei por meio dela”, explica.