Com objetivo de aumentar o índice de elucidação dos crimes e melhorar o
trabalho investigativo feito no Ceará, o governador Camilo Santana
anunciou, ontem, durante entrevista na Rádio Verdes Mares AM, que, ainda
em 2018, haverá um novo concurso para a Polícia Civil.
O governador não
especificou data e quantitativo de vagas, mas adiantou que o certame
deve acontecer, independentemente da possibilidade de poder convocar
mais aprovados do último concurso, realizado no ano de 2015.
"Quando contratei o Fórum de Segurança Pública Nacional perguntei o que
era preciso para tornar a Polícia Civil do Ceará na melhor Polícia
Civil do País. Estou recebendo esse diagnóstico. Uma das coisas que
vamos ter que fazer é chamar mais profissionais. De forma planejada,
vamos fortalecer a Polícia Civil do Ceará", afirmou o governador.
Camilo Santana lembrou que 730 novos policiais civis foram convocados
em dezembro de 2017 e estão em formação. A previsão é que o grupo comece
a atuar ainda no primeiro semestre deste ano. "Nós estamos investindo
forte, mesmo em um período de crise. O Ceará tinha um dos menores
efetivos da Polícia Civil do País e é uma Polícia importante", disse.
Para a vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do
Ceará (Sinpol-CE), Ana Paula Cavalcante, o aumento do efetivo não é a
prioridade mais urgente. Ana Paula afirmou que, devido ao baixo salário,
há uma falta de interesse generalizada e um elevado índice de abandono
de função.
"Antes de fazer concurso, o que também é importante, é preciso resolver
a questão salarial. Se não, é enxugar gelo. Esses policiais entram e
quando tem concurso para outras Polícias que paguem melhor, saem. Nós
também queremos que seja a melhor Polícia Civil do País. Hoje, temos
cerca de três mil policiais civis e precisamos, pelo menos, dobrar esse
efetivo", sustentou a vice-presidente do Sinpol.
Centro Regional
Há dois dias, o chefe do Executivo estadual afirmou querer que o Ceará
sedie um Centro de Inteligência Regional da Segurança Pública do
Nordeste, devido à localização geográfica do Estado, que facilita o
tráfico de drogas. Ontem, Camilo acrescentou que irá se esforçar para o
recebimento do Centro, por acreditar que a sede no Ceará facilitará o
trabalho em nível do Nordeste.