Sétima semana do ano de 2018 e pelo menos 5 surtos de Doença Diarreica Aguda (DDA) foram registrados pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). Apenas neste ano, o Estado já acumulou 36.022
casos, sendo Caucaia o município com maior número: 5.830. Em segundo
lugar, Fortaleza, com 3.606 ocorrências e, em seguida, Maracanaú, com
3.390. Em 2017, no mesmo período, 43.848 casos foram registrados.
Diarreia, náuseas e febre são alguns dos sintomas relatados por grande
parte dos pacientes nos setores de emergência. A doença, popularmente
nomeada como virose da mosca, tem lotado as unidades de
saúde, mas ainda não é reconhecida pela Secretaria de Saúde do Estado.
De acordo com a técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesa,
Caroline Muniz, não há como concluir que o aumento do número de casos é
por conta da tal virose, pois esse período chuvoso tem, de fato, uma
alta do número de casos da DDA.
"Com período sazonal, há um aumento da proliferação das moscas e a
população associa a doença à isso, mas, com a quadra chuvosa, temos uma
contaminação do lençól freático e pessoas que acabam guardando a água e
tendo um uso inadequado. Então não tem como dizer que é uma 'virosa da
mosca', até porque existem outros fatores. Tem pessoas que moram em
apartamento, que não tem moscas, e estão com virose. Sendo assim, não dá
para concluir isso", explica Caroline, deixando claro que outras
viroses podem manifestar a diarreia com outros sintomas, mas que todas
são DDAs.
Segundo a técnica, os principais acometidos pela doença são os maiores
de 10 anos, e, caso a pessoa sinta a dor gastrointestinal mais de três
vezes em um dia, deve ir ao posto de saúde mais próximo. Para evitar, o
ideal é lavar as mãos com frequência, utilizar água potável filtrada ou
fervida e lavar os alimentos antes de consumir.