
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, criticou
neste sábado (24) o que chamou de "pós-verdade" em relação a informações
de que decidiu trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro
Daiello. O ministro, no entanto, não garantiu a continuidade dele.
Torquato convocou veículos de imprensa para dar
explicações. Ele, no entanto, falou durante dois minutos e se negou a
responder perguntas. Durante o pronunciamento, no Ministério da Justiça,
ele se levantou e deixou Daiello sozinho.
Em sua rápida fala, disse que há "absoluta harmonia"
na condução das duas instituições e afirmou que o noticiário "não
corresponde à verdade" e não "constrói afabilidade", atrapalhando a
condução dos interesses públicos. Em reunião antes do pronunciamento,
com o diretor-geral, Torquato estava visivelmente nervoso, segundo
relatos.
"O noticiário que está aí é pós-verdade e não
corresponde à realidade, não constrói afabilidade e em nada ajuda na boa
condução dos interesses públicos", disse. "Não há nomes, há
instituições. Não estamos preocupados com personalidades, mas com
instituições", acrescentou.
Neste sábado, o jornal "Folha de S.Paulo" publicou
uma reportagem sobre uma reunião de Torquato com sindicalistas, na
quinta-feira (22), na qual o ministro anunciou que fazem parte de seus
planos trocar o diretor-geral.
Sozinho, Daiello
tratou de amenidades, como propostas em discussão na Polícia Federal e
um convite que fez a Torquato para visitar a sede da entidade. Ele
também não respondeu a perguntas.