quarta-feira, 26 de abril de 2017

Bruno se apresenta à polícia após decisão do STF


O goleiro Bruno se apresentou à polícia no fim da tarde desta terça-feira após a revogação da liminar o que mantinha solto desde o final de fevereiro. Ele se entregou pouco antes das 18h na Delegacia Regional de Varginha, no sul de Minas Gerais.

No entanto, como ainda não há mandado de prisão expedido, o goleiro retornou para casa. Ele assinou um termo se comprometendo a se entregar definitivamente quando existir o documento.



O único a votar contra foi o ministro Marco Aurélio Mello, que havia concedido o Habeas Corpus para a liberação do goleiro. Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux foram a favor do retorno à cadeia. Eles votaram após um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou Bruno pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho. 

O goleiro foi solto com a liminar de Marco Aurélio, após cumprir seis anos e sete meses de detenção em regime fechado.

"O próprio corpo de jurados assentou a crueldade do crime, a impossibilidade de defesa da vítima, a tortura, as mutilações e as degradações do corpo e o pior, da memória, já que o corpo não foi encontrado", ressaltou Fux. "Estamos diante de um crime hediondo. Não se dá liberdade provisória a crime hediondo, são fatos gravíssimos. Casos como esse merecem um tratamento diferenciado", concluiu Fux.

Logo após ser solto, Bruno assinou contrato com o Boa Esporte e disputou cinco jogos pelo clube mineiro (veja fotos da atuação dele) que atua na segunda divisão do campeonato estadual e também na Série B do Brasileirão.