O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (9),
durante o evento Caixa 2017, que as solicitações de saque das contas
inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deverão começar
a ser apresentadas à Caixa a partir do dia 14 de fevereiro pelos
trabalhadores que têm direito aos recursos. O calendário de liberação do
dinheiro ainda não foi divulgado oficialmente pelo governo federal, mas
os saques deverão ocorrer de acordo com o mês de aniversário do
trabalhador.
“A liberação das contas inativas do FGTS é também política social.
Temos R$ 42 bilhões retidos nessa fonte. No dia 14, me ajude se eu errar
nas datas, os senhores vão começar a receber as demandas dos detentores
das contas inativas”, disse Padilha a servidores da Caixa que
participavam do evento.
Poderão ser sacados os valores de todas as contas inativas do FGTS
até 31 de dezembro de 2015, sem limite de retirada. As contas inativas
do FGTS são as que não recebem mais depósitos do empregador porque o
contrato de trabalho foi suspenso. O trabalhador pode consultar a
existência e o saldo de contas inativas do Fundo de Garantia por meio do
site da Caixa, SMS, nas agências do banco e pelo aplicativo do FGTS.
Reforma tributária
Durante o evento da Caixa, Padilha também antecipou alguns dos planos
do governo para a reforma tributária. Segundo o ministro, a ideia é
diminuir a tributação aplicada sobre o consumo e concentrar a cobrança
sobre a renda e os ganhos de capital.
“Tributamos muito consumo e muito pouco a renda e os ganhos de
capital. Temos de aprender a fazer como os povos desenvolvidos: tributam
mais a renda e o ganho de capital e menos o consumo. Porque o consumo
bate embaixo, na base da pirâmide. Quem paga mais imposto no Brasil é o
mais pobre. É uma deformidade que temos no sistema. Estamos trabalhando
para ver quanto vamos conseguir avançar na reforma tributária já nessa
direção.”