O pedido de uma filha para ajudar o pai viralizou nas redes sociais. A professora Aline Alves usou seu perfil no Facebook para contar que o pai, Deysenaldo Nobre, de 54 anos, está trabalhando como vendedor na Casa Pio do North Shopping Jóquei, de 14h às 22h. Para ser efetivado, como ela explica no post, ele deve bater uma meta. 
	Aline pede aos seguidores que tiverem interesse em comprar calçados 
para as festas de fim de ano procurarem o pai na loja e, assim, ajudá-lo
 a conseguir o tão sonhado emprego fixo.
	O post foi feito na quinta-feira (dia 1º). Em pouco mais de 24 horas, 
já são mais de 3 mil compartilhamentos e mais de mil comentários 
elogiando a atitude da professora e dando força ao pai da jovem.
	Seu Nobre contou em entrevista que ficou surpreso com a repercussão
 do texto, mas está confiante em conseguir a vaga. "Comecei no último 
dia 12. Já tinha trabalhado uma vez na loja e meu ex-chefe me deu uma 
nova chance, dessa vez com contrato temporário, para ajudar nesta época 
de fim ano. Já tenho 54 anos e me preocupo em conseguir um emprego 
fixo".
	"Estou pensando nas contas, tenho que pagar uma casa financiada. A ideia do post no Facebook surgiu da minha filha. Ela é professora de biologia e inglês e é muito dinâmica. Já morou até na Austrália", conta o pai orgulhoso.
	Na loja, o post já está dando resultado. Deysenaldo 
explica que na manhã desta sexta-feira alguns clientes já o procuraram 
na loja. "Veio até gente de manhã, mas trabalho de 14h às 22h. Até 
pessoas de outras cidades estão comentando no post", faz questão de 
ressaltar.
	Preocupação
	Aline destacou que fez o post por estar preocupada com a situação de 
seu pai, que está há tempos sem conseguir um emprego fixo. "No ano 
passado ele já tinha trabalhado no mesmo local e não foi efetivado 
porque não conseguiu bater a meta. Assim, pensei em pedir a ajuda de 
conhecidos meus que moram próximo do Jóquei. Não esperava que a 
publicação ganhasse toda essa repercussão", destacou a professora.
	Em entrevista, Aline também frisou que seu pai já estava abalado pela 
contínua busca por emprego. "Ele estava quase ficando com depressão. 
Quis ajudar", destacou. "Temos uma casa financiada e que ainda precisa 
de oito anos de pagamento, o que me preocupa. Minha mãe faz bicos como 
diarista, meu irmão, apesar de formado em gastronomia, ainda não 
conseguiu emprego na área dele, e eu trabalho apenas um turno em uma 
escola. Ainda não estou conseguindo ajudar eles como gostaria", comenta 
Aline.
	Solidariedade
	Não é a primeira vez que Aline Alves usa as redes sociais para tentar 
ajudar um membro da família. Em abril deste ano, como Seu Nobre contou, a
 professora pediu ajuda para o irmão Jerônimo Neto no grupo "Alguém 
Conhece Alguém Que...". O familiar foi diagnosticado com Cerotocone, 
doença que altera o formato da córnea, e precisava de ajuda para 
realizar o tratamento. 
 
