Entre mudanças forçadas e opções de Jorginho, ficou nítido que o
Vasco sentiu a ausência de muitos titulares habituais. Mas em jogos como
o deste sábado, contra o Goiás, torna-se difícil evitar uma sensação
que, embora irreal, ganha força: a de que Nenê e Andrezinho, sozinhos,
bastariam para resolver muitos dos jogos do time nesta Série B. Ambos
tiveram influência decisiva na vitória por 1 a 0, em São Januário,
mantendo a liderança e ampliando para 33 jogos a invencibilidade do
Vasco.
Sem
Mádson e com Andrezinho no banco, por voltar de lesão, o Vasco teve
outras mudanças no time. Jorginho deixou Marcelo Mattos e Julio dos
Santos no banco, lançando Bruno Ferreira na lateral e Willian Oliveira
no meio-campo, formando a dupla de volantes com Diguinho. Os substitutos
não rendiam e o primeiro tempo do Vasco foi ruim. Em especial pela
imensa dificuldade na saída de bola. Como o Goiás também não conseguia
ameaçar ao retomar a bola, dado o pequeno poder ofensivo de seu time, o
jogo teve poucas emoções. Ainda que a arbitragem tenha ignorado um
pênalti de Willian no zagueiro Alex Alves, do Goiás.
No intervalo, Jorginho ousou. Não pela entrada de Andrezinho, mas
pela saída de Bruno Ferreira, transformando Jorge Henrique em lateral. A
simples entrada do meia deu mais posse de bola e volume de jogo ao
Vasco, sem que o time se transformasse numa máquina de criar
oportunidades. Ficava claro que caberia à dupla Andrezinho e Nenê
resolver a questão.
Aos19 minutos, um lance de categoria de Andrezinho resultou em
cabeçada de Thalles para fora. Até que, aos 26, Nenê, que não fazia
grande jogo, tirou da cartola uma de suas jogadas que clareiam o campo.
Mesmo marcado pelo lado direito, conseguiu cruzamento preciso para
Andrezinho entrar na área e marcar o gol da vitória.