Em agosto de 2015, ele passou mal durante um show no Rio e ficou
hospitalizado por 20 dias na capital pernambucana, quando recebeu o
diagnóstico. Apesar da doença, Naná seguiu ativo nos últimos meses. No
mês passado, fez a tradicional apresentação de abertura do carnaval do
Recife e, em seu site, constavam quatro datas de shows pela Ásia, em
abril, ao lado do pianista, violonista e compositor Egberto Gismonti.
Recentemente, foi internado novamente por conta de uma crise
respiratória. Na noite de terça-feira sua família estava reunida com
ele, em um apartamento do hospital, devido à gravidade da situação.
Apesar de acreditar que “o Brasil é o único país em que a música faz
parte da vida”, Naná viveu fora do país por mais de 20 anos a partir de
1967, com algumas passagens pela terra natal. Morou na França e nos
Estados Unidos, onde participou da banda de nomes como Jon Hassel, Pat
Metheny, Evelyn Glennie, Jan Garbarek, e gravou mais de uma dezena de
álbuns. Entre 1978 e 1982, fundou o grupo de jazz Codona.
No Brasil, gravou com Caetano Veloso, Milton Nascimento, entre os
principais nomes da MPB. Com Egberto Gismonti, gravou um dos álbuns mais
marcantes de sua carreira: “Dança das cabeças”, de 1974.
Todo ano, era Naná o responsável por abrir o carnaval do Recife, à
frente de um grupo de 500 ritmistas de maracatu que se apresentam no
Marco Zero. Também esteve à frente do PercPan, festival que anualmente
traz percussionistas de todo mundo ao Brasil.
Com informações do O Globo.