sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

87 municípios estão em estado de alerta no CE

O mosquito Aedes aegypti, transmissor de várias doenças (Foto: Reprodução)
O Aedes aegypti vem a cada dia causando um maior número de vítimas seja por dengue, zika ou chikungunya. Conforme o último boletim da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), 87 municípios cearenses estão com o Índice de Infestação Predial (IIP) acima da faixa de alerta estabelecida pelo Ministério da Saúde de 1%. Para diminuir o avanço da reprodução do mosquito, os governos do Estado e Federal iniciam ações educativas com a finalidade de orientar, desde cedo, os jovens.

O governador Camilo Santana e o ministro da Educação Aloizio Mercadante vão iniciar mobilizações nas instituições de ensino cearenses. Um ´aulão´ ocorre hoje, às 8h, na Escola Estadual de Ensino Profissional Leonel de Moura Brizola, no bairro Passaré. A estratégia faz parte do Dia Nacional de Mobilização da Educação Contra o Zika.

A intenção é que o trabalho de conscientização aconteça de forma permanente e que os estudantes transmitam as informações aos familiares e façam fiscalização em casa. Prevenção nos prédios de escolas e universidades também será intensificada.

As unidades da Universidade Federal do Ceará (UFC) de Russas, Quixadá e Sobral, por meio dos cursos de Enfermagem e Medicina, realizam até março, várias palestras para a comunidade acadêmica.

Regionais

No Ceará, das 22 Coordenadorias Regionais de Saúde (Cres), 47% delas estão com índices acima de 1%, incluindo a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com a cidade Caucaia. Os valores possuem variação de 1% a 14%. O Ministério da Saúde estabelece a faixa de 1,0 até 3,9 em estado de alerta. As cidades que estão acima de 4,0 são consideradas em risco, como os municípios de Quixeramobim e Viçosa do Ceará.

O gerente da célula de Vigilância Ambiental e de Riscos Biológicos da Prefeitura de Fortaleza, Nélio Morais, avalia que a atual situação climática do Estado favorece a reprodução do mosquito. "O calor, a chuva e a umidade facilitam a reprodução do Aedes aegypti que se multiplica em pouco mais de 8 dias". Ele ainda alerta que nos meses de março, abril e julho, a atenção deve ser redobrada devido as chuvas.

Fonte: Diário do Nordeste