sábado, 29 de agosto de 2015

Assassino de manicure tinha 'dívida de gratidão' com mandante, diz polícia

O supeito de matar a manicure Maria Adriane Lima da Silva, de 28 anos, tinha uma "dívida de gratidão" com o mandante do crime, segundo o delegado Márcio Cruz, que conduz as investigações. Ela foi morta a tiros dentro do salão onde trabalhava

"Foi um crime de fidelidade. Não houve pagamento. No passado, o mandante fez um favor para o assassino e cobrou esta 'dívida de gratidão' agora", disse ao G1 o delegado, após coletiva de imprensa nesta sexta-feira (28).

Segundo informações de testemunhas à Polícia Militar, Adriane estava dentro de seu salão quando dois homens chegaram ao local em uma motocicleta. Um deles chamou a vítima pelo nome e, em seguida, atirou. O suspeito de cometer o crime foi preso em flagrante na cidade. A polícia ainda busca a pessoa que pilotava a moto que levava o executor.

Vingança
 
Segundo o delegado, a ordem de matar a manicure partiu de um detento do presídio de Limoeiro. O mandante teria tido um desentendimento com o marido da vítima, que também está preso, e encomendado a morte de Adriane como vingança.

"Ele [o mandante] teve um atrito com o esposo da vítima enquanto estavam na Penitenciária Juiz Plácido de Souza [em Caruaru] e, por conta deste fato, infelizmente, resolveu mandar assassinar a manicure", afirmou o delegado em entrevista à TV Asa Branca.

Segundo Márcio Cruz, para chegar até o suspeito foram colhidas informações dentro do presídio. "Soubemos que o possível mandante estaria da penitenciária de Limoeiro, fomos até lá e fizemos um interrogatório com ele", contou o delegado. O mandante foi autuado em flagrante.

"Ele já está recolhido na Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra, em Limoeiro. Diante das provas e circunstâncias, nós o autuamos por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, oferecendo risco para outras pessoas, e sem possibilidade de defesa", informou o delegado.

Medida protetiva
 
Um detento foi encaminhado à medida de proteção na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, Agreste de Pernambuco, na tarde da quarta-feira (26). Segundo a direção da unidade prisional, ele teria uma ligação com o assassino.

De acordo com a PM, o companheiro da vítima estaria cumprindo pena na unidade prisional de Caruaru, por tráfico de drogas. A direção da penitenciária informou que a decisão de 'isolar' o detento foi tomada como medida de segurança, pois acreditam que este estaria ligado ao suspeito do homicídio da manicure.

Ainda de acordo com a PM, a vítima não tinha passagem pela polícia. O corpo de Adriane foi enterrado nesta quinta-feira.