sábado, 21 de fevereiro de 2015

Diretoria do Flamengo descarta festa de despedida para Leo Moura em partida oficial

O último jogo de Leo Moura no Flamengo, que recebeu proposta para jogar nos Estados Unidos e vai negociar sua saída do Rio, ainda não tem data marcada. Mas uma certeza já existe: a torcida rubro-negra terá que fazer ela própria uma festa no estádio para o ídolo. A diretoria do clube já decidiu que não haverá festividade para o camisa 2 numa partida oficial.

— Se ele sair mesmo, nós vamos prestar uma homenagem, mas ainda vamos decidir de que forma ela será feita. Não vai ser em jogo oficial não. Não faremos festa em uma partida — assegurou o vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel.

A justificativa é evitar que o time perca o foco num jogo que pode, ao fim da Taça Guanabara, fazer a diferença na briga pelo primeiro lugar. É consenso no clube que uma festa de despedida para o lateral pode tirar a concentração da equipe. E, embora o Flamengo tenha declarado guerra à Federação do Rio, conquistar o Estadual é uma meta que todos têm levado muito à sério.

Há exemplos recentes de que comemoração antes de a bola rolar pode ser prejudicial. Em 2008, a despedida de Joel Santana virou o maior vexame da história do Flamengo (derrota por 3 a 0 para o América, do México, e eliminação da Libertadores). No ano passado, após homenagem ao próprio Leo Moura por seus 500 jogos com a camisa rubro-negra, o time perdeu para o Grêmio em casa.

Além disso, o lateral deixa o clube querido pela torcida, mas em clima de desgaste com a diretoria. O relacionamento, que já andava estremecido havia tempos, balançou mais ainda depois que os dirigentes descobrirem pela imprensa que o camisa 2 havia acertado sua ida para o Fort Lauderdale Strikers.

No entanto, como a saída do jogador para o futebol americano é conveniente para as duas partes, a cúpula entendeu que não vale a pena comprar briga com um ídolo da torcida. Será um adeus morno.