Nos três meses (fevereiro, março e abril) da quadra chuvosa de 2014 no Ceará, completados ontem, houve um queda de 26% no volume de precipitações, em relação à média histórica. O valor observado de chuvas neste período foi de 383,9 milímetros, enquanto a média é de 517,6 milímetros. Se contarmos a partir de janeiro até abril, o valor foi de 28,8% abaixo da média de 616,3 milímetros, enquanto se esperaria 438,8 milímetros para este período.
Assim, de acordo com Raul Fritz Teixeira, supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), de janeiro a abril deste ano choveu um pouco mais do que no ano passado, apesar de todos os meses terem ficado abaixo da média estadual.
Em janeiro deste ano, o Ceará ficou com um desvio de 52,8% abaixo da média, enquanto em janeiro de 2013, o Estado esteve 61,9% abaixo da média. Em fevereiro de 2014, a queda foi de 27,7%, ao passo que, em igual mês do ano passado, o Ceará ficou 51,6% abaixo da média. Já em março deste ano, houve redução de 23,3% abaixo da média, enquanto em igual mês de 2013, o Ceará ficou 62% abaixo da média. Em abril de 2014, o Estado está 27,5% abaixo da média, enquanto que em abril do ano passado, o Ceará ficou 28,3% abaixo da média.
Previsões
A análise da Funceme é que as chuvas podem ir até maio em 2014. "Só que, geralmente, em menor volume do que março e abril e também até junho e julho. Às vezes alcançando agosto", enfatiza Fritz.
Depois de maio, se tem a pós-estação chuvosa, que é caracterizada por eventos esporádicos e rápidos de chuva (algumas podem ser relativamente intensas) que vêm do leste (oceano ou do Rio Grande do Norte), como informa o supervisor.
A tendência para este mês é de volume pluviométrico mais na parte norte do Estado, principalmente na faixa litorânea e proximidades (serras de Maranguape, Baturité e Meruoca, partes da região Jaguaribana e Sertão Central) e Ibiapaba.
Contudo, de acordo a Funceme, a média estadual de maio é relativamente baixa, alcançando apenas 89,9 milímetros. "Os meses com mais volume de chuva são, normalmente, março e abril", lembra.
Na conclusão da Funceme, 2014 está, até o momento, próximo das expectativas, daquilo que foi previsto, tendendo a ficar um pouco abaixo da média.