sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ausente em evento, Dilma liga e agradece apoio de centrais sindicais à reeleição

A presidente Dilma telefonou no começo da tarde desta quinta-feira (1) para parabenizar o evento de comemoração do 1º de Maio, no Vale do Anhagabaú, na região central da capital paulista. Ela agradeceu as centrais sindicais por reiterar o apoio à reeleição na disputa eleitoral deste ano. 

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) realizam comemoração conjunta no Dia do Trabalho. No dia 29 de abril, a CUT completou 30 anos. 


Segundo o presidente da CSB, Antonio Neto, a conversa foi rápida e os sindicalistas agradeceram as medidas anunciadas ontem por Dilma. A presidente anunciou, em pronunciamento na TV pelo Dia do Trabalho, aumento de 10% no Bolsa Família, correção de 4,5% na tabela do Imposto de Renda na fonte no ano que vem e promessa de manter a política de valorização do salário mínimo -a atual acaba no fim de 2015. 

Por parte de Dilma, ela agradeceu o apoio dos sindicatos ligados ao partido, que reiteram a escolha por ela como candidata -momentos antes, o presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, reclamou da falta de diálogo da presidente com os sindicatos. Lima afirmou que o ex-presidente Lula tinha relação mais próxima com as centrais sindicais. Os sindicatos esperam que amanhã, a presidente, por meio do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República), sejam informados sobre o novo programa de proteção ao emprego. 

De acordo com a organização do evento, as centrais querem o fim do fator previdenciário; o arquivamento do projeto de lei de autoria do deputado Sandro Mabel -que regula a terceirização do trabalho-; mais investimentos em saúde, educação, segurança e transporte; além da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Esta última demanda, inclusive, é a mais reforçada pelos presidentes das centrais. 

Segundo Antonio Neto, da CSB, o projeto de lei que diminui a carga horária dos trabalhadores já está no Congresso Nacional há 19 anos. Na última sexta-feira, em reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o presidente da CUT, Vagner Freitas de Moraes, ouviu do próprio que o projeto de lei será colocado em votação. "Ele me garantiu que o projeto será colocado em votação", disse. 

No próximo dia 6, as centrais voltarão ao Congresso para explanar as reivindicações a uma Comissão Geral. "Esperamos encontrar respaldo no Congresso, até porque, essas medidas, em um ano eleitoral, podem render votos", concluiu Moraes.