sábado, 5 de abril de 2014

Morre, aos 77 anos, o cantor sertanejo Dino Franco

O cantor sertanejo Dino Franco, que formou uma dupla famosa com Mouraí, morreu nesta sexta-feira (4), em Rancharia, onde morava há cerca de 18 anos. O falecimento aconteceu por volta das 11h, em casa. Ele, que nasceu Osvaldo, tinha 77 anos e sofria, segundo a família, de uma cirrose hepática provocada pelo consumo de bebida alcoólica.

O velório ocorre a partir das 16h na Câmara Municipal e o sepultamento está previsto para as 9h deste sábado (5), no Cemitério Municipal. Ele era natural de Paranapanema (SP).

Ele foi encontrado morto pela irmã, por volta das 11h30. “Ele acordou hoje por volta das 10h e eu dei o remédio, preparei o pão e café com leite para ele comer. Depois de tomar café, ele virou na cama do jeito que ele gostava, eu o cobri e fui na área lavar algumas roupas dele. Quando voltei ao quarto com um enfermeiro que me ajudava a cuidar dele, já estava morto”, contou ao G1 a irmã Marina Ramos Garcia.

Segundo ela, Dino estava bastante debilitado e estava há uma semana em casa, depois de passar dez dias internado no Hospital e Maternidade de Rancharia. “Ele passou por diversos exames, vários médicos vieram para vê-lo, mas, infelizmente, não a doença já estava muito avançada. Sabe como é, né, violeiro e poeta bebem muito”, disse.

Dino, ainda segundo a irmã, nunca casou e eles moravam juntos desde que ela ficou viúva. “Depois que ele se aposentou, viemos para Rancharia, onde ele até recebeu título de cidadão, mas passamos antes por Mogi Guaçu e Ivinhema, no Mato Grosso do Sul. Somos em 11 irmãos, sete estão vivos. Ele também tinha um filho”, relatou.

A música estava na vida de Dino Franco desde a infância. “Em 1957, ele foi para São Paulo com a cara e a coragem e o caderno de músicas debaixo do braço. Depois disso, ele formou diversas duplas até encontrar o Mouraí, com quem trabalhou por mais de 25 anos, até a morte dele”, falou.

Dentre os sucessos do irmão, Marina fala sobre “Cheiro de Relva”, Caboclo na Cidade” e “Amargurado”. “Ele gostava de contar a história de quem viva na roça, como a gente viveu. O forte dele era a música de raiz, mas ele também cantava sobre o amor e o romance”, relembra.