sábado, 5 de abril de 2014

Chocolate faz bem ao cérebro, aponta pesquisa de universidade italiana

Entre as montanhas de l'Aquila, no centro da Itália, um estudo sobre os benefícios do chocolate provocou um efeito espantoso: 340 milhões de pedidos de contato em todo o mundo.

A pesquisa concluiu que o chocolate, se usado da maneira certa, faz bem ao cérebro.

O chefe do projeto, o geriatra Giovambattista Desideri, esclarece: “Não é a cura do Mal de Alzheimer, mas pode dar uma ajuda”.

Os pacientes se submeteram a monitoramentos complexos. A parte interna das artérias foi investigada para saber a resposta ao consumo dos compostos naturais do cacau.

Durante dois meses, a equipe do doutor Desideri acompanhou 90 idosos com problemas de saúde, que foram divididos em três grupos.

O primeiro consumia 500 miligramas de flavonoides de cacau por dia. O segundo grupo, um grama e o terceiro apenas placebo, uma substância neutra.

As 30 pessoas tratadas com placebo não apresentaram alteração, mas as outras 60 sim.
"A pressão sistólica de vários idosos abaixou um pouco, cinco milímetros, que representam um resultado importante. Cinco milímetros, em países como a Itália e Brasil, significam dezenas de milhares de infarto do miocárdio, de isquemia cerebral e de insuficiência renal por ano", afirma o professor de Medicina Interna Claudio Ferri da Universidade de l’Aquila, Claudio Ferri.

Giovanbattista Desideri sustenta que a rapidez de raciocínio dos dois grupos de velhinhos, que tomavam os compostos do cacau, melhorou.

"Com aquela dose que usamos, que é maior do que a que podemos consumir comendo o chocolate, num pequeno intervalo de tempo, de apenas dois meses, conseguimos observar uma melhora na performance cognitiva, que numa pessoa idosa normalmente é comprometida", diz o chefe da pesquisa Giovan Battista Desideri.

A cognição significa percepção, memória, raciocínio, pensamento, linguagem. Consumido corretamente, o chocolate pode bloquear a perda das funções cerebrais, que a cada ano atinge 6% da população com mais de 60 anos.

Os compostos naturais do cacau foram misturados a uma bebida feita especialmente para a pesquisa. A quantidade de flavonoides consumida equivalia a uma barra e meia grande de chocolate amargo por dia.

Mas se os idosos tivessem comido o chocolate, as calorias teriam favorecido a obesidade. E a obesidade anula os efeitos benéficos do chocolate.

De acordo com o laboratório, para melhorar a saúde do coração e do cérebro, cinco ou dez gramas de chocolate por dia podem ser suficientes. Seria um quadradinho ou dois, que pesam quase oito gramas. Mas precisa ser um chocolate muito amargo, de pelo menos 80% de cacau.

Esse habito é recomendável a partir dos 45-50 anos como prevenção do infarto, do derrame cerebral e da demência. O que o estudo da Universidade de l'Aquila conseguiu obter em dois meses qualquer um pode alcançar num período de tempo bem maior só com um pedacinho de chocolate amargo por dia.