Após 26 dias de paralisação, os bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal deliberaram pelo fim da greve e retorno ao trabalho a partir desta terça-feira, 15. Já os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) decidiram continuar a paralisação por tempo indeterminado. Cerca de 400 bancários compareceram à assembleia realizada na noite desta segunda-feira, 14.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários e funcionário do BNB, Tomaz de Aquino, a direção do BNB apresentou uma proposta rebaixada, inferior aos demais bancos federais. Além disso, o Banco mandou e-mail aos gestores coagindo-os a votar pelo fim da greve. "Essa direção tem membros acusados de corrupção e age de forma ditatorial barrando até a comunicação do Sindicato com a sua base. Mas nós não vamos nos calar. A resposta para todos estes desmandos é fortalecer a greve”, disse Tomaz.
AFBNB
A Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB) publicou nota em que afirma que os telefonemas recebidos pelos funcionários ao longo desta segunda-feira, 14, pressionando-os e exigindo o retorno ao trabalho, se caracteriza como assédio moral. "A entidade entende que essa postura do Banco, de constrangimento, deve ser motivo de interpelação do Minitério Público do Trabalho, podendo os sindicatos agirem nesse sentido", diz a nota.
O diretor de comunicação e cultura da Associação, Dorisval de Lima, informou ao O POVO Online que os trabalhadores do BNB continuam em greve porque o Banco não apresentou avanço nas propostas com relação as reivindicações específicas dos funcionários. "A greve continua porque se mantém forte em todo o Brasil", concluiu.
Nesta terça, os bancários do BNB realizam assembleia para avaliar o movimento.
Redação O POVO Online