Eleita entre mais de 160 candidatos, uma vereadora do Irã foi impedida de assumir o cargo por ser considerada "bonita demais". Nina Siahkali Moradi, de 27 anos, recebeu 10 mil votos para representar a região de Qazvin, localizada ao norte do país. Mesmo assim, sua ida à prefeitura foi barrada por conservadores.
Após a contagem dos votos, Moradi ficou na 14ª posição de uma lista que qualificava os 13 primeiros candidatos. Com a desistência do primeiro colocado, no entanto, Moradi se tornou uma das vencedoras das eleições.
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A versão oficial para a rejeição da candidatura da jovem é a de que seus panfletos de campanha teriam ofendido a lei islâmica. Em uma carta ao governador de Qazvin, um grupo religioso afirmou que seus posteres eram "vulgares e anti-religiosos", segundo o jornal local Al Arabia. Além disso, um clérigo teria afirmado que Moradi era muito bonita para o cargo. "Não queremos uma modelo desfilando pela prefeitura".
As eleições para vereador ocorreram junto com o pleito presidencial, em junho deste ano. O curioso é que o presidente eleito do Irã, Hassan Rowhani, conquistou eleitores ao ter os direitos da mulher como uma de suas causas. Ele chegou, inclusive, a nomear uma vice-presidente como parte de sua promessa.
