A notícia é triste e exige reflexão: Jogadores do América-SE passaram mal durante uma partida do campeonato estadual. O motivo? Fome. Sem alimentação adequada para um atleta profissional (biscoito e pastel), o zagueiro Tiago Arapiraca e o atacante Murilo quase desmaiaram depois do duelo contra o Confiança, na última quarta-feira.
A dupla ainda sofreu para receber atendimento. Como as duas ambulâncias já haviam deixado o estádio, assim como o médico do Confiança (o América não contava com um), Tiago e Murilo precisaram esperar uma viatura do Samu, algo que demorou cerca de 50 minutos.
O cenário desenhado é lamentável em todos os aspectos. Revela um futebol cheio de mazelas, lacunas, ausências e sofrimento. De forma alguma, saliente-se, é 'privilégio' do nordeste. A falta de estrutura no esporte assola todo o território nacional.
No fundo, a falta de estrutura nos atinge em tudo. O atendimento do Samu, por exemplo, é caótico no Brasil todo. Seja para atender um jogador de futebol ou uma dona de casa. O tempo de espera, em média, nas zonas mais pobres, passa dos 30 minutos - lembrando que no Brasil, pasmem, não existe legislação que determine o tempo de atendimento.
Como já escrevi neste espaço, o mundo dos milhões de reais é restrito a poucos. O futebol segue à lógica. No fundo, é feito por gente que ganha um salário mínimo (ou menos) e clubes que praticamente pagam para entrar em campo. Profissionalismo de fachada.Procurado para falar sobre o assunto, o presidente do América-SE, Joaquim Feitosa, não atendeu às ligações. Pelo que foi apurado, o dirigente está em Salvador, aproveitando o feriado.
Seria uma boa hora para o sindicato dos atletas profissionais agir. Se o Brasil fosse um país sério (e escuto isso há anos, infelizmente), a próxima rodada do estadual não aconteceria. Os jogadores, unidos, deveriam se recusar a entrar em campo. Mas isso é apenas uma utopia...
A dupla ainda sofreu para receber atendimento. Como as duas ambulâncias já haviam deixado o estádio, assim como o médico do Confiança (o América não contava com um), Tiago e Murilo precisaram esperar uma viatura do Samu, algo que demorou cerca de 50 minutos.
O cenário desenhado é lamentável em todos os aspectos. Revela um futebol cheio de mazelas, lacunas, ausências e sofrimento. De forma alguma, saliente-se, é 'privilégio' do nordeste. A falta de estrutura no esporte assola todo o território nacional.
No fundo, a falta de estrutura nos atinge em tudo. O atendimento do Samu, por exemplo, é caótico no Brasil todo. Seja para atender um jogador de futebol ou uma dona de casa. O tempo de espera, em média, nas zonas mais pobres, passa dos 30 minutos - lembrando que no Brasil, pasmem, não existe legislação que determine o tempo de atendimento.
Como já escrevi neste espaço, o mundo dos milhões de reais é restrito a poucos. O futebol segue à lógica. No fundo, é feito por gente que ganha um salário mínimo (ou menos) e clubes que praticamente pagam para entrar em campo. Profissionalismo de fachada.Procurado para falar sobre o assunto, o presidente do América-SE, Joaquim Feitosa, não atendeu às ligações. Pelo que foi apurado, o dirigente está em Salvador, aproveitando o feriado.
Seria uma boa hora para o sindicato dos atletas profissionais agir. Se o Brasil fosse um país sério (e escuto isso há anos, infelizmente), a próxima rodada do estadual não aconteceria. Os jogadores, unidos, deveriam se recusar a entrar em campo. Mas isso é apenas uma utopia...