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Ceará registrou, em 2024, 207 casos de violência contra mulheres. O
intervalo foi o pior em sete anos. Em comparação com 2023, o aumento foi
de 21,1%. Enquanto isso, os feminicídios aumentaram de 42 para 45
ocorrências.
Os dados são do Boletim Elas Vivem, publicação anual da Rede de Observatórios da Segurança, publicado nesta quinta-feira (13).
Parceiros
e ex-parceiros cometeram 56 das violências. O Ceará teve 80 casos de
homicídio e de tentativa de homicídio. Além disso, 21 das 45 vítimas de
feminicídio tinham de 18 a 39 anos. Outros 51,9% dos casos de violência
não tiveram motivação.Foto Agência Senado
Para
Fernanda Naiara da Frota Lobato, cientista social e uma das autoras do
estudo, o Ceará reflete a realidade do País, onde a violência de gênero
ainda é escalada como uma questão de honra.
“Parceiros
e ex-parceiros seguem como os principais autores desses crimes, foram
56 casos em 2024. Rita Vitoriano teve um fim trágico nas mãos do marido,
assim como Bruna Gonçalves, morta após um programa. Apesar de estarem
em contextos distintos, Bruna, Laila e Rita compartilham o mesmo
destino: foram vítimas de feminicídio”, destacou Lobato.