segunda-feira, 10 de março de 2025

Caso Vitória: Polícia inclui pai da jovem entre suspeitos do crime

Suspeitas surgiram após investigadores descobrirem que ele solicitou terreno depois da morte da filha

Vitória de Sousa foi vista pela última vez no dia 26 de fevereiro, voltando do trabalho para casa
Vitória de Sousa foi vista pela última vez no dia 26 de fevereiro, voltando do trabalho para casa Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Civil incluiu Carlos Alberto Souza, pai de Vitória Regina de Sousa, entre os suspeitos da morte da jovem de 17 anos. Investigadores apontam contradições em seu depoimento e comportamento considerado atípico.

A informação foi confirmada à CNN por fontes envolvidas no caso. Segundo elas, a decisão segue os "mesmos critérios" aplicados aos demais suspeitos. Um dos principais fatores que levaram à inclusão de Carlos na investigação foi um pedido feito ao prefeito de Cajamar logo após a confirmação da morte da filha. Conforme o inquérito, ele solicitou um terreno, o que levantou suspeitas entre os investigadores.

Outro ponto questionado pela polícia é a suposta omissão de informações. O advogado Fabio Costa, que defende Carlos, afirmou que seu cliente nunca prestou depoimento formal. Ele classificou a decisão como "absurda" e disse que tentará revertê-la nos próximos dias.

Frieza e contradições levantam dúvidas

O pai de Vitória também chamou a atenção dos investigadores por sua postura durante conversas com a polícia. De acordo com a CNN, ele teria demonstrado "frieza", sem sinais de emoção ou tristeza ao falar sobre a morte da filha. Além disso, registros telefônicos mostram que Carlos ligou diversas vezes para Vitória no dia do desaparecimento, mas não mencionou esse detalhe anteriormente.

A Polícia Civil planeja ouvir novas testemunhas nesta semana para esclarecer os papéis de cada investigado. O objetivo é confirmar ou descartar suspeitas e avançar na identificação dos responsáveis pelo crime.

Primeiro suspeito é preso

No sábado (8), a Polícia Civil prendeu Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, primeiro suspeito formalmente detido no caso. Ele é apontado como o dono do Toyota Corolla que perseguiu Vitória minutos antes de seu desaparecimento, em 27 de fevereiro.

A prisão ocorreu após a Justiça aceitar um pedido preventivo feito pelos investigadores. O principal indício contra Maicol veio do depoimento da esposa, que desmentiu sua versão sobre seu paradeiro na noite do crime.

Maicol alegou que estava em casa com a mulher, mas ela afirmou ter passado a noite na casa da mãe e só reencontrado o marido no dia seguinte. Além disso, vizinhos relataram que o veículo do suspeito, normalmente estacionado do lado de fora da casa, estava ausente naquela noite.

Diante das contradições e dos novos elementos colhidos, a Justiça determinou sua prisão temporária por 30 dias. A polícia segue analisando provas para entender seu real envolvimento no crime.

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