sábado, 17 de julho de 2021

Em 6 meses, Ceará usou 91% de vacinas contra o coronavirus recebidas, mas tem 13% da população totalmente imunizada

Quando a técnica de enfermagem, Maria Silvana Souza, de 51 anos, primeira pessoa vacinada contra a Covid-19 no Ceará, recebeu o imunizante na noite do dia 18 de janeiro, esse processo já havia começado em mais de 40 países. Até aquele dia, 10,8 mil pessoas morreram devido à doença no Ceará. De lá pra cá, a fila da vacina, marcada pela lentidão no envio dos imunizantes por parte do Governo Federal, segue grande.

Em seis meses, o Ceará recebeu 5,4 milhões de doses da vacina (entre D1, D2 e dose única), conforme dados do vacinômetro da Secretaria Estadual da Saúde, e aplicou 91% do total. Contudo, até o momento, apenas 1,3 milhão de cearenses, 13,6% da população, receberam as duas doses e estão integralmente imunizados.

Com o estoque fornecido pelo Governo Federal, o Ceará só teria capacidade para aplicar, nesses seis meses, a primeira dose em 38% dos 9,1 milhões de habitantes. Mas, hoje, 3,6 milhões, 39,31%, já receberam isso porque algumas prefeituras, durante a campanha, chegaram a usar a segunda como primeira dose.

O fato gerou gargalos, com a interrupção de aplicação da segunda. Foi preciso, inclusive, acionar a Justiça para que o Estado pudesse receber mais vacinas do Ministério da Saúde.

O ritmo de vacinação é distinto em cada uma das 184 cidades do Estado. Mas, no geral, ainda que os municípios tivessem assegurado agilidade máxima, a falta de imunizantes limita a capacidade de uma ampla cobertura vacinal.

Nesses seis meses de vacinação sobram esperas e esperanças. No total, o Governo Federal enviou ao Estado, até o momento, 5,4 milhões de vacinas, e dessas: 3,5 milhões foram para D1, 1,4 milhão para D2, 397 mil de doses reservas e 137 mil de doses únicas.

No Estado, somente Guaramiranga conseguiu concluir a aplicação da primeira dose em 100% da população cadastrada. A marca foi alcançada no final de junho. No município, já foi iniciado até o processo de monitoramento de resposta imune à vacina, para que seja verificada a efetivada do imunizante no mundo real, fora do ambiente lamboratorial onde ocorrem os testes.

Com informações do Diário do Nordeste.