O
fim da janela de transferências na Europa foi muito festejada por Fábio
Carille e bastante lamentada pelo departamento financeiro do
Corinthians. A alegria para o treinador se deu porque o Timão não perdeu
qualquer jogador, apesar do assédio em cima, por exemplo, de Guilherme
Arana e Rodriguinho.
Já
os responsáveis pelo caixa alvinegro contavam com pelo menos uma
transferência, para diminuir um rombo no orçamento. É que o clube havia
orçado em janeiro o valor de R$ 52 milhões com a venda de jogadores ao
longo do ano, para não fechar no vermelho, e só conseguiu R$ 8,5 milhões
até agora.
O
Corinthians embolsou R$ 5,6 milhões com a saída de Léo Jabá para o
Akhmat Grozny, da Rússia, e R$ 2,9 milhões com Uendel, liberado para o
Internacional no começo da temporada. Ou seja, o clube vai precisar
conseguir R$ 43,5 milhões nos últimos quatro meses de 2017.
Na sexta-feira,
um clube árabe ofereceu R$ 18,7 milhões para contratar Lucca em
definitivo – o Timão é dono de 60% dos direitos econômicos do atacante,
hoje emprestado à Ponte Preta. Desta maneira, os corintianos ficariam
com R$ 11,2 milhões, baixando em aproximadamente 1/4 a necessidade de
caixa. O problema é que Lucca não aceitou se mudar para o mundo árabe.
“Certamente
perderemos jogadores no fim do ano. Pelo menos uns dois”, imagina Fábio
Carille, sabendo do sacrifício feito pelo presidente Roberto Andrade
para manter o grupo, de olho na briga pelo título do Campeonato
Brasileiro – a diferença caiu para sete pontos em relação ao Grêmio
neste sábado.
Vale
lembrar que a dificuldade com o fluxo de caixa alvinegro não tem a ver
apenas com a falta de receita com venda de atletas. O Timão não conta
desde a inauguração da arena com o dinheiro da bilheteria, todo
revertido para o pagamento do financiamento do estádio. Além disso, o
Corinthians também não possui patrocinador máster desde abril, quando
acabou o contrato com a Caixa.
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