O
período chuvoso no Ceará, que ocorre de fevereiro a maio, encerrou com
pouca precipitação, e algumas cidades do estado estão sem abastecimento
regular nas torneiras. Com chuvas abaixo do esperado, o Nordeste
enfrenta o sexto ano seguido de estiagem, na maior seca do território em 100 anos,
de acordo com o Governo do Estado. Um estudo aponta que cidades do
Nordeste brasileiro podem enfrentar "restrição na disponibilidade de
água neste ano" como consequência da falta de chuvas.
A pesquisa feita nos estados que fazem parte do semiárido brasileiro (os estados do Nordeste, exceto Maranhão, e Minas Gerais) revela que os açudes da região têm atualmente 16,9% da capacidade. A água de todo o território é insuficiente para abastecer o Castanhão, que leva água à Grande Fortaleza.
O Castanhão apresenta 5,7% da sua capacidade, metade do que tinha há 12 meses. "Em meados de maio, nós tínhamos um percentual de 10% de volume água. Hoje, nós contamos com 5,71%; 5% foi usado por todos aqueles que se servem desse recurso", explica Fernando Pimentel, administrador do Castanhão.
O estudo do Instituto Nacional do Semirárido, do Ministério da Ciência e Tecnologia, fez a soma em tempo real do volume de todos os reservatório da região (452), em nove estados. Metade deles está com menos de 10% da capacidade máxima.
Para o coordenador do estudo, alguns estados podem sofrer com falta de água, e não apenas no interior.
"O risco de colapso sempre existe, isso vai depender muito do gerenciamento que se vai dar a essa água. Por exemplo: a Paraíba, o semiárido paraibano, o semiárido potiguar e também o cearense, vai ter restrição na disponibilidade de água. Então, o racionamento pode vir a ser um componente dos próximos dias", alerta Salomão de Sousa Medeiros, doutor em recursos hídricos e diretor do Insa.
A pesquisa feita nos estados que fazem parte do semiárido brasileiro (os estados do Nordeste, exceto Maranhão, e Minas Gerais) revela que os açudes da região têm atualmente 16,9% da capacidade. A água de todo o território é insuficiente para abastecer o Castanhão, que leva água à Grande Fortaleza.
O Castanhão apresenta 5,7% da sua capacidade, metade do que tinha há 12 meses. "Em meados de maio, nós tínhamos um percentual de 10% de volume água. Hoje, nós contamos com 5,71%; 5% foi usado por todos aqueles que se servem desse recurso", explica Fernando Pimentel, administrador do Castanhão.
O estudo do Instituto Nacional do Semirárido, do Ministério da Ciência e Tecnologia, fez a soma em tempo real do volume de todos os reservatório da região (452), em nove estados. Metade deles está com menos de 10% da capacidade máxima.
Para o coordenador do estudo, alguns estados podem sofrer com falta de água, e não apenas no interior.
"O risco de colapso sempre existe, isso vai depender muito do gerenciamento que se vai dar a essa água. Por exemplo: a Paraíba, o semiárido paraibano, o semiárido potiguar e também o cearense, vai ter restrição na disponibilidade de água. Então, o racionamento pode vir a ser um componente dos próximos dias", alerta Salomão de Sousa Medeiros, doutor em recursos hídricos e diretor do Insa.
Sem água nas torneiras
Em São Luiz do Curu, a 90 quilômetros de Fortaleza, a água que chega às torneiras é irregular e imprópria para beber.
"A gente tem que comprar para beber também porque a água que vem é salgada e não vem todo dia e não é todo dia que tem na nossa torneira. Ela passa quatro, cinco, seis dias para voltar", relata a dona de casa Antonízia Herculano.
Com chuvas irregulares no Ceará neste ano, os maiores açudes do estado seguem com baixa reserva de água. Em média, os 153 açudes monitorados pela Coordenadoria de Recursos Hídricos (Cogerh) têm 12,% da capacidade.
FONTE:G1 CEARA