Os
sinais são evidentes e já são percebidos há muito tempo: perda de
integrantes importantes - como Sabrina Sato e o Wellington Muniz “Ceará”
-, quadros desprovidos de qualquer graça, overdose de bundas para
segurar a audiência da molecada punheteira, entrevistas rasas e sem
qualquer traço de humor bem sacado, grosserias, tapas em anões, sumiço
de vários anunciantes de peso, queda vertiginosa de audiência… A verdade
é que o Pânico na Band está “sangrando”. E muito. Talvez de uma maneira irremediável.
Não
é de hoje que o programa dá tremendas mancadas em seus quadros, muitas
delas inegavelmente vitimadas pela pavorosa onda politicamente correta
que assola não apenas o Brasil, mas o mundo inteiro. Vide o quadro do
“Africano”, encarnado pelo Eduardo Sterblitch, que se fosse apresentado
na minha época de adolescente nos anos 70, não duraria muito no ar não
porque fosse ofensivo, mas por ser completamente sem graça. Nos dias de
hoje, virou um rebuliço tão grande que “entidades em defesa dos direitos
étnicos” ameaçaram processar o programa e a emissora, e o quadro foi
rapidamente extinto.
Só que algumas pisadas na bola ultrapassam
até mesmo os limites do tolerável, como uma mensagem no perfil oficial
do programa no Twitter sugerindo que uma participante de nove anos de
idade do Master Chef Junior tinha todas as condições para ser uma
“panicat”. Ou a invasão do velório da Amy Winehouse. Ou o assédio moral
e invasão da privacidade de gente que nunca esteve a fim de ser
entrevistada, como foi o caso da atriz Carolina Dickermann, que rendeu
até processo em que o ganho de causa foi dado a ela.
O curioso é que o mote “só brincamos com as pessoas como forma de
homenageá-las” é, obviamente, uma tremenda cascata. É apenas uma
desculpa para “ficar bem com a galera”, já que muitas vezes a coisas
descamba para a canalhice. Qual seria a “homenagem” à grande e veterana
atriz Laura Cardoso embutida na menina que se autointitulava “Mulher
Arroto” que ficou ao seu lado arrotando como um rinoceronte com azia? O
pior é que botaram a sem noção para cometer aquela grosseria imunda ao
lado de muita gente, inclusive a Hebe Camargo. Qual a “homenagem”
escondida naquela merda?