quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

“Pânico” dá mais um desastrado tiro no pé que pode lhe custar a existência


Os sinais são evidentes e já são percebidos há muito tempo: perda de integrantes importantes - como Sabrina Sato e o Wellington Muniz “Ceará” -, quadros desprovidos de qualquer graça, overdose de bundas para segurar a audiência da molecada punheteira, entrevistas rasas e sem qualquer traço de humor bem sacado, grosserias, tapas em anões, sumiço de vários anunciantes de peso, queda vertiginosa de audiência… A verdade é que o Pânico na Band está “sangrando”. E muito. Talvez de uma maneira irremediável.

Não é de hoje que o programa dá tremendas mancadas em seus quadros, muitas delas inegavelmente vitimadas pela pavorosa onda politicamente correta que assola não apenas o Brasil, mas o mundo inteiro. Vide o quadro do “Africano”, encarnado pelo Eduardo Sterblitch, que se fosse apresentado na minha época de adolescente nos anos 70, não duraria muito no ar não porque fosse ofensivo, mas por ser completamente sem graça. Nos dias de hoje, virou um rebuliço tão grande que “entidades em defesa dos direitos étnicos” ameaçaram processar o programa e a emissora, e o quadro foi rapidamente extinto.

Só que algumas pisadas na bola ultrapassam até mesmo os limites do tolerável, como uma mensagem no perfil oficial do programa no Twitter sugerindo que uma participante de nove anos de idade do Master Chef Junior tinha todas as condições para ser uma “panicat”. Ou a invasão do velório da Amy Winehouse. Ou o assédio moral e invasão da privacidade de gente que nunca esteve a fim de ser entrevistada, como foi o caso da atriz Carolina Dickermann, que rendeu até processo em que o ganho de causa foi dado a ela.

O curioso é que o mote “só brincamos com as pessoas como forma de homenageá-las” é, obviamente, uma tremenda cascata. É apenas uma desculpa para “ficar bem com a galera”, já que muitas vezes a coisas descamba para a canalhice. Qual seria a “homenagem” à grande e veterana atriz Laura Cardoso embutida na menina que se autointitulava “Mulher Arroto” que ficou ao seu lado arrotando como um rinoceronte com azia? O pior é que botaram a sem noção para cometer aquela grosseria imunda ao lado de muita gente, inclusive a Hebe Camargo. Qual a “homenagem” escondida naquela merda?