sexta-feira, 27 de novembro de 2015

‘Quando jogava na Europa, tive conta no BSI, só não sei o ano’, diz Romário


RIO - O senador Romário (PSB-RJ) afirmou que já teve conta no banco suíço BSI. Segundo o ex-jogador, a conta foi encerrada ainda durante o período em que atuou por clubes europeus, nos anos 1980 e 1990. Em julho, após a revista "Veja" citar um extrato do BSI indicando a existência de R$ 7,5 milhões em uma conta em seu nome, o senador afirmou que não tinha conhecimento dessa conta específica. Em seguida, o banco divulgou um documento afirmando que Romário não era o titular da conta indicada no extrato.

O documento do BSI diz que o senhor não é o titular dessa conta. O senhor teve conta no BSI em algum momento?

Quando jogava na Europa, tive conta no BSI, só não sei o ano.
Quando a conta foi fechada?

Não lembro. Mas, se tem conta no banco e não movimenta, acho que fecha automaticamente.
Comenta-se que o vazamento do extrato foi feito pelo PMDB.

Dizem que o PMDB abre a conta, agora que o PMDB fecha...

O senhor já esteve com Guilherme Paes (sócio do BTG Pactual, banco dono do BSI, e irmão do prefeito Eduardo Paes)?

Nunca estive com ele. Fui saber que era um dos sócios do Pactual em uma dessas matérias que saíram por causa do episódio do banco.

O nome do senhor e a suposta existência da conta aparecem no áudio que levou o senador Delcídio Amaral (PT-MS) à prisão. O que o senhor achou do episódio?

Fanfarronice do senador (Delcídio) em ter me colocado nessa história. Em relação ao que o advogado (Edson Ribeiro) fala, a gente está vivendo momento bem diferente no Brasil. Não se pode dar mais credibilidade a bandido, vagabundo. Ouviram meu nome ser dito numa gravação de um assunto que foge completamente do que esses vagabundos estavam fazendo lá. Eu estou tranquilo, porque não devo porra nenhuma a ninguém e não tenho conta na Suíça.

O Ministério Público da Suíça disse nesta quinta-feira que depende de um pedido da Procuradoria Geral da República para investigar a suposta conta. O senhor tem receio de alguma investigação?

Estou tranquilo. Nosso MP já se pronunciou naquela primeira vez e espero que se pronuncie amanhã (nesta sexta-feira) também. É a única forma de resolver.

O prefeito Eduardo Paes disse que há um entendimento: se o senhor não for candidato, apoia o Pedro Paulo...

Existem três possibilidades: eu ser candidato, apoiar o sucessor dele (Paes) ou ver o que vou fazer. A gente conversou, mas não significa que há acordo.

Pesquisas dos partidos mostram o senhor em primeiro lugar...

O PSB também tem uma pesquisa na rua. Nas duas primeiras eleições em que entrei, tinha certeza que, no mínimo, tinha 50% de chance de ganhar. Se tiver essa certeza, claro que essa probabilidade de disputar cresce. Meu sentimento é que há uma corrente muito positiva para que seja candidato, mas hoje não posso dizer o que vai acontecer em 2016.