Vovô chegou a estar 14 pontos atrás do Macaé
na 12ª rodada e 13 da mesma equipe fluminense e do Oeste na 18ª; mas
campanha de reação no returno da Série B permitiu ao clube cearense
definir sua situação na última rodada.
Após uma campanha de recuperação no returno da Série B, o Ceará
levou, para a 38ª e última rodada, a definição se permanece ou não na
'Segundona' para 2016. Em 17º com 42 pontos, o Alvinegro fará um
confronto direto no Castelão com o Macaé, que soma 43 e está em 15º lugar. Entre eles está o Oeste/SP, em 16º com 43 e que enfrenta em casa o Paysandu.
Com os 3 tentando fugir da única vaga que resta para o rebaixamento -
ABC, Boa Esporte e Mogi Mirim já estão matematicamente na Série C de
2016 - as probabilidades do Vovô são as seguintes: com uma vitória, o
Alvinegro permanece sem depender de outros resultados; já com um empate,
o Ceará passa a depender de uma derrota do Oeste.
Mas para chegar até a última rodada com chances de permanência e
'encostar' nos dois rivais que restaram, o Alvinegro teve que lutar
muito, realizando uma campanha de recuperação. Se hoje a
diferença de pontos para os dois é de apenas um ponto, ao longo das 37
rodadas o Vovô chegou a estar longe de Macaé e Oeste. A maior pontuação
que o time fluminense abriu para a equipe cearense foi de 14 pontos na
12ª rodada, ao bater o Paysandu por 2 a 1 e o Vovô empatar com o
Criciúma em 1 a 1.
Já a maior distância para o Oeste foi de 13 pontos, na 18ª rodada, penúltima do 1º turno. A curiosidade
é que Macaé e Oeste, ao fim da rodada, somavam 24 pontos, e o Alvinegro
apenas 11, ao perder em casa para o América/MG por 2 a 0.
Na última rodada do 1º turno o Vovô diminuiu a diferença para ambos
para 10 pontos, ao bater o Macaé por 2 a 1 no confronto direto e ver o
Oeste perder de 3 a 1 para o Paysandu em Belém (PA). E assim, o Ceará
terminou o turno na lanterna com apenas 14 pontos e Oeste e Macaé na
zona intermediária, com 24.
Arte: Lincoln Souza
Reação alvinegra altera panorama no segundo turno
No returno, começaria a reação do Ceará, que encostaria de vez nos dois
adversários contra o rebaixamento. Nos 18 jogos que fez no segundo
turno, o Vovô conseguiu 51% de aproveitamento ao somar 28 pontos e
chegou a última rodada com a 9ª melhor campanha na parte final do
campeonato. Diferente de Macaé e Oeste, que fizeram campanhas
semelhantes e ruins - 16ª e 17ª com 19 pontos e 35,2% de aproveitamento.
A campanha do returno do Vovô teve dois picos de pontuação. Na primeira, com o técnico Marcelo Cabo,
o Vovô chegou a estar apenas 4 pontos de ambos e de deixar o Z-4 ao
bater o Náutico por 1 a 0 no Castelão, chegando aos 24 pontos ao fim da
24ª rodada. Mas ao somar apenas 2 pontos nas 5 rodadas seguintes, o Vovô
ficou a 11 do 16º colocado, o Oeste e precisou contratar o técnico Lisca para um 'sprint' final, em 9 rodadas.
E a equipe reagiu, conseguindo outro pico de pontuação
com 5 vitórias seguidas (Botafogo, Boa Esporte/MG, Mogi Mirim, ABC e
Bragantino), chegando a sair da zona de rebaixamento e a abrir 2 pontos
para o Macaé ao bater o Bragantino por 3 a 0 no estádio Presidente
Vargas na 35ª rodada.
Nas duas rodadas seguintes, com dois jogos difíceis fora de casa contra
Vitória e América/MG, que na ocasião lutavam pelo acesso (e
conseguiram), o Vovô somou apenas 1 ponto, voltando para o Z-4, mas
fazendo o suficiente para depender apenas de suas forças para permanecer
na Série B.
O atacante Rafael Costa lembrou de toda 'saga' do
Ceará para conseguir o objetivo: chegar vivo na última rodada. "Era o
que sempre queríamos. Chegar ao confronto com o Macaé para decidir com
eles a nossa permanência. Sempre olhávamos a tabela e com nossa reação
isso seria possível. Ela aconteceu, reagimos a parte final do campeonato
e agora é decidir com eles. Será um jogo muito difícil, mas chegamos
até aqui vivos e queremos manter o Ceará na Série B", afirmou o
artilheiro do Alvinegro na competição.