Poucos sabem, mas, entre as moedas que circulam como troco, há exemplares raros cujo preço no mercado de colecionadores chega a 70.000% do seu valor de face.
A moeda de R$ 1 lançada em 1998 em comemoração ao cinquentenário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, por exemplo, é vendida em sites de comércio eletrônico por preços que vão de R$ 50 a R$ 200, dependendo do estado de conservação.
Um exemplar de R$ 0,05 cunhado em 1999 chega a ser vendido a R$ 35.
No caso da moeda de R$ 1, o preço alto é explicado, em parte, pela raridade do exemplar: 600 mil unidades foram produzidas, entre um total de 3 bilhões de moedas de R$ 1 que circulam no país, segundo estimativa do BC.
O aumento recente na procura por moedas de real, causado especialmente pelo lançamento, a partir de 2008, de álbuns destinados a colecionadores, também contribui para o valor elevado.
Com espaços para guardar um exemplar de cada moeda já lançada, os álbuns dão informações sobre o número de unidades produzidas e os metais usados na cunhagem —que, em alguns casos, variam de ano para ano entre moedas de mesmo valor.
"Toda iniciativa feita para cativar o colecionador contribui para aumentar a procura pelas moedas", diz Edivan de Oliveira Lima, colecionador, comerciante e diretor de divulgação da Sociedade Numismática Brasileira.
OUTROS PAÍSES
"A numismática [estudo e colecionismo de moedas] é mais forte em outros países, como nos EUA, em grande parte por causa dos álbuns, dos estojos e da grande variedade de moedas comemorativas", afirma.
No caso brasileiro, o lançamento dos álbuns tornou interessantes moedas até então quase ignoradas. "Antes do álbum, ninguém colecionava moedas de aço. Hoje, até quem possui uma grande coleção de moedas de ouro, prata e cobre se interessa pelas atuais", diz Lima.
Com a realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, o número de moedas comemorativas de circulação comum disparou, tornando-as mais conhecidas entre a população brasileira.
Até 2012, apenas cinco peças de celebração haviam sido lançadas: duas em 1995, de R$ 0,10 e R$ 0,25, dedicadas aos 50 anos da FAO (braço da ONU para alimentação e agricultura); uma homenageando a Declaração dos Direitos Humanos, em 1998; e moedas de R$ 1 para comemorar o centenário do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) e os 40 anos do Banco Central, em 2002 e 2005.
Desde então, 14 novas moedas foram produzidas, nove só neste ano. Entre elas, apenas uma, que comemora os 50 anos do BC, não está relacionada à Olimpíada de 2016. E o ritmo vai se manter: para o ano que vem, o BC planeja lançar outras quatro.
Lima aposta que, no médio prazo, essas moedas se valorizarão. "A tiragem delas é pequena, de no máximo 20 milhões, e atletas, jornalistas e turistas que visitarem o país vão querer levar como recordação", diz o colecionador.
A moeda de R$ 1 lançada em 1998 em comemoração ao cinquentenário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, por exemplo, é vendida em sites de comércio eletrônico por preços que vão de R$ 50 a R$ 200, dependendo do estado de conservação.
Um exemplar de R$ 0,05 cunhado em 1999 chega a ser vendido a R$ 35.
No caso da moeda de R$ 1, o preço alto é explicado, em parte, pela raridade do exemplar: 600 mil unidades foram produzidas, entre um total de 3 bilhões de moedas de R$ 1 que circulam no país, segundo estimativa do BC.
O aumento recente na procura por moedas de real, causado especialmente pelo lançamento, a partir de 2008, de álbuns destinados a colecionadores, também contribui para o valor elevado.
Com espaços para guardar um exemplar de cada moeda já lançada, os álbuns dão informações sobre o número de unidades produzidas e os metais usados na cunhagem —que, em alguns casos, variam de ano para ano entre moedas de mesmo valor.
"Toda iniciativa feita para cativar o colecionador contribui para aumentar a procura pelas moedas", diz Edivan de Oliveira Lima, colecionador, comerciante e diretor de divulgação da Sociedade Numismática Brasileira.
Tesouro perdido
"A numismática [estudo e colecionismo de moedas] é mais forte em outros países, como nos EUA, em grande parte por causa dos álbuns, dos estojos e da grande variedade de moedas comemorativas", afirma.
No caso brasileiro, o lançamento dos álbuns tornou interessantes moedas até então quase ignoradas. "Antes do álbum, ninguém colecionava moedas de aço. Hoje, até quem possui uma grande coleção de moedas de ouro, prata e cobre se interessa pelas atuais", diz Lima.
Com a realização da Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, o número de moedas comemorativas de circulação comum disparou, tornando-as mais conhecidas entre a população brasileira.
Até 2012, apenas cinco peças de celebração haviam sido lançadas: duas em 1995, de R$ 0,10 e R$ 0,25, dedicadas aos 50 anos da FAO (braço da ONU para alimentação e agricultura); uma homenageando a Declaração dos Direitos Humanos, em 1998; e moedas de R$ 1 para comemorar o centenário do ex-presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) e os 40 anos do Banco Central, em 2002 e 2005.
Desde então, 14 novas moedas foram produzidas, nove só neste ano. Entre elas, apenas uma, que comemora os 50 anos do BC, não está relacionada à Olimpíada de 2016. E o ritmo vai se manter: para o ano que vem, o BC planeja lançar outras quatro.
Lima aposta que, no médio prazo, essas moedas se valorizarão. "A tiragem delas é pequena, de no máximo 20 milhões, e atletas, jornalistas e turistas que visitarem o país vão querer levar como recordação", diz o colecionador.