segunda-feira, 8 de junho de 2015

Seleção obtém o nono triunfo em nove jogos na nova Era Dunga

A Seleção Brasileira contou com a individualidade de seus jogadores para vencer o amistoso de preparação para a Copa América diante do México neste domingo. Se ficou longe de ser brilhante, a equipe viu a qualidade de Philippe Coutinho, no primeiro gol, e de Elias, no segundo, marcado por Diego Tardelli, levantar a desanimada torcida paulista (um público de cerca de 40 mil pagantes) no Estádio Allianz Parque, em São Paulo, por alguns momentos e garantir o triunfo por 2 a 0, em jogo de ritmo bastante lento. Foi a 9ª vitória em nove jogos na nova passagem do técnico Dunga pela equipe.

O time brasileiro soube se aproveitar da fragilidade do adversário, que entrou em campo com uma escalação alternativa, a mesma que vai para a Copa América, já que os titulares disputarão a Copa Ouro. Sem grande esforço, a Seleção definiu o placar em duas belas jogadas no primeiro tempo. Depois do intervalo, aproveitou para promover alguns testes.

Foi o primeiro dos dois amistosos do Brasil antes da Copa América. Nesta quarta-feira, às 22h, o adversário será Honduras, no Beira-Rio, em Porto Alegre. A estreia no torneio continental acontecerá no domingo que vem ante o Peru, em Temuco, Chile.

Neste primeiro teste, quem mostrou serviço a Dunga foi o meio de campo da Seleção. Elias, Fred, Willian e Philippe Coutinho foram os responsáveis pela criação das principais jogadas da equipe no primeiro tempo. Na etapa final, o ritmo diminuiu consideravelmente e nenhum dos dois lados ameaçou o gol adversário.

Alívio

Os jogadores admitiram que estavam preocupados com a reação da torcida no primeiro jogo da Seleção no Brasil após o vexame da Copa do Mundo, mas saíram do estádio aliviados com a vitória. O temor era que a torcida paulista, que historicamente sempre foi crítica à equipe, não perdoasse os jogadores pelo fracasso no Mundial.

"Estava bastante ansioso com esse reencontro porque a gente vinha de resultados negativos em casa. Mas felizmente a nossa volta para casa foi de forma positiva, com um jogo muito consistente e maduro", disse o zagueiro David Luiz, que esteve em campo nos dois últimos jogos da seleção no País: 7 a 1 para Alemanha e 3 a 0 diante da Holanda.

Protesto

Neste domingo, antes do amistoso em São Paulo, alguns dos presentes encontraram como forma de crítica tapar a sigla da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) da camisa da Seleção com uma tarja preta.

O ex-presidente da entidade, José Maria Marin, está preso na Suíça desde o fim do mês de maio e o atual mandatário, Marco Polo Del Nero, enfrenta um grave processo de enfraquecimento político. "Tapei as letras da CBF como um protesto também contra a Copa. Sou corintiana, mas critico os gastos com o Itaquerão. Não foi um ato, mas fiz isso de forma espontânea", disse a analista de fundos Daniele Gonçalves, de 24 anos.