O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemou, neste domingo, 79 anos de idade. No entanto, uma confusão cerca o aniversário do petista. Nascido em 27 de outubro de 1945, o chefe do Executivo carrega uma data de nascimento diferente nos documentos. Isso porque Lula foi registrado pela mãe, dona Lindu, no dia 6 de outubro. É uma tradição de família que leva o presidente a celebrar a data hoje.
Lula passou a ser o presidente mais velho da história do Brasil, superando Michel Temer, que deixou o cargo com 78 anos. Nas redes, ministros e a primeira dama Janja publicaram um vídeo em que declamam um texto em homenagem à sua trajetória.
O petista comerou seu aniversário no próprio Palácio do Alvorada, onde se recupera de um acidente doméstico que sofreu há uma semana. Após cair em um banheiro e bater a cabeça, ele precisou levar cinco pontos na nuca.
A discordância entre as datas levantam inclusive um questionamento em relação ao signo do presidente. Uma vez que como Lula celebra o aniversário no final de outubro, ele seria escorpiano. Por outro lado, o dia marcado na certidão do petista indica que o seu signo é Libra.
Natural da cidade de Caetés, no interior de Pernambuco, o presidenciável foi o sétimo dos oito filhos da família. Com poucos recursos financeiros, só conseguiu ser registrado anos depois, junto a outros irmãos. Com muitas certidões de nascimento a serem feitas ao mesmo tempo, a escrivã teria se confundido e anotado a data errada na declaração. A história foi contada em uma série de tweets, postados no ano passado, pelo perfil oficial do Instituto Lula.
Nas comemorações de 2021, José Ferreira Silva — mais conhecido como Frei Chico — também deu seu relato sobre a divergência de datas. Em uma entrevista à organização, o irmão de Lula explicou os contratempos para se obter uma cidadania na região em que viveram durante a década de 40, quando o ex-presidente nasceu.
— Havia muita dificuldade no Nordeste para registro de nascimento. As pessoas que nasciam na roça dificilmente iam à cidade tirar registro. Nascia-se de uma maneira ainda com parteira. E, quando muito, iam batizar, tiravam um tal de batistério. Lá se registrava na igreja — explica.
Frei Chico destacou ainda que só foi foi possível formalizar todos os familiares, inclusive a própria mãe, com a ida para São Paulo em 1952.
— Quando nós viemos para São Paulo, eu acho que, dos meus irmãos, quem tinha registro talvez fosse o Vavá, o Jaime. A minha mãe não tinha. Eu não vi ele nascer e não lembro de ele ter nascido. Mas, pelo que o pessoal, fala foi 27 de outubro.
FONTE O GLOBO