Foto Igor Mota |
Quase
60% dos cearenses ainda não têm acesso à rede de esgoto, conforme novos
dados do Censo 2022 do IBGE divulgados nesta sexta-feira (23) que
mostram a realidade do acesso a esgoto, água e coleta de lixo no Brasil.
O
levantamento do IBGE também aponta que em 102 dos 184 municípios a
“fossa rudimentar”, ou um buraco, era a forma mais usada pela maioria da
população como meio de esgotamento sanitário.
Conforme
a pesquisa, dos 184 municípios cearenses, apenas nove cidades têm mais
da metade da sua população atendida por uma rede de esgoto. São elas:
Sobral (74,7%)
Fortaleza (71,0%)
Forquilha (64,9%)
Jaguaribara (63,1%)
Penaforte (62,2%)
Jaguaribe (61,8%)
Pacatuba (61,7%)
Brejo Santo (58,7%)
Maracanaú (52,8%)
Nos
outros 175 municípios cearenses, a maioria da população vive em casa
que não estão conectadas a nenhum serviço público de coleta de esgoto.
Entre essas, existem quatro dessas cidades do Ceará que menos de 1% da
população possui conexão à rede esgoto. São elas:
Chaval (0,2%)
Ararendá (0,5%)
Itaiçaba (0,7%)
Chorozinho (0,8%)
Salitre possui pior acesso a saneamento básico
No
Ceará, o município de Salitre, na região do Cariri, possui o menor
acesso à infraestrutura de saneamento básico, isto é, acesso à água,
esgoto e coleta de lixo.
Conforme
o levantamento, 49,1% dos habitantes de Salitre não possuem água
encanada em casa. No município, cerca de 43% dos moradores recebem água
em Salitre por meio de carro-pipa.
A
cidade também possui o menor percentual, entre os municípios cearenses,
de casas com banheiro. Em 178 cidades cearenses, mais de 80% da
população possui pelo menos um banheiro em casa.
Salitre está entre as seis cidades que ficam abaixo dessa média: no município, apenas 55% dos habitantes têm banheiro em casa.
No
que se refere à coleta de lixo, Salitre possui a segunda menor
cobertura do serviço no Ceará, ficando atrás apenas do município de
Choró.
De
acordo com os dados colhidos pelo IBGE, apenas 28% dos habitantes de
Choró têm coleta de lixo em suas casas. Já no caso de Salitre, 42,6% dos
moradores têm acesso ao serviço.