quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Rodrigo Pacheco vence disputa com Marinho e é reconduzido à presidência do Senado


Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Rodrigo Pacheco (PSD) foi reeleito, na tarde de hoje (1º), presidente do Senado pelos próximos dois anos. Ele venceu a eleição para presidente da Casa com 49 votos, ficando à frente de seu adversário, Rogério Marinho (PL), que obteve o apoio de outros 32 parlamentares. Eduardo Girão (Podemos), que também era candidato, desistiu da disputa durante a sessão para apoiar Marinho.

O resultado não trouxe grandes surpresas em relação às estimativas prévias. Pacheco tinha apoio da maioria dos partidos, inclusive o PT, MDB e seu partido, o PSD, duas das maiores bancadas. Já Marinho era apoiado pelo PL e contava com “traições” a Pacheco para vencer a disputa, mas os senadores que contrariaram as orientações partidárias não foram suficientes.

Reconduzido oficialmente à chefia do Senado Federal, Pacheco condenou, durante seu pronunciamento, o que chamou de “polarização tóxica” vigente no Brasil. Ele atribuiu a ela os atos terroristas na Esplanada dos Ministérios em 8 de janeiro e afirmou que tais acontecimentos “não podem e não vão se repetir”.

“Os brasileiros precisam voltar a divergir civilizadamente, precisam reconhecer com absoluta sobriedade quando derrotados e precisam respeitar a autoridade das instituições públicas. Só há ordem se assim o fizerem. Só há patriotismo se assim o fizerem. Só há humanidade se assim o fizerem”, disse o presidente reeleito.

Antes de ser reeleito, Pacheco apontou como prioridades a reforma tributária, o enxugamento da máquina pública e novas regras fiscais. O senador ainda defendeu “independência devida” no Senado em relação ao Executivo e que encontre soluções legislativas para conflitos de competência com o Judiciário.