“Isso
aqui é um 100? Eu tirei 100 na redação?!” Esse foi o primeiro
pensamento de Ana Alice Teixeira, 17, ao abrir o painel de resultados do
Enem, na noite de ontem (8), e ver que atingiu a nota máxima na
redação: o tão sonhado 1000.
A
ansiedade com que aguardava o boletim, antecipado pelo Ministério da
Educação (MEC), saiu inteira pela garganta. “Às 23h30, abri o site do
Inep sem pretensão, e tava lá. Quando vi a nota, não tava acreditando.
Foi um choque grande”, lembra a jovem, estudante do Master, escola
privada de Fortaleza.
Moro
com meus pais e meu irmão, já tava todo mundo dormindo. De súbito, dei
um pulo, saí batendo as portas e comecei a gritar ‘mãe, tirei mil!’.
Disse Ana Alice de 17 anos, nota mil no Enem.
Futura
jornalista, Ana descreve uma rotina comum à maioria dos jovens na reta
final dos estudos: “o 3º ano era integral, com aula de manhã e à tarde, e
quando não tinha, eu ficava nas salas de estudo. Acho que o diferencial
foi o laboratório de redação”, aposta.
Toda
semana, desde o 1º ano do ensino médio, a adolescente escrevia pelo
menos uma redação. O conhecimento de mundo, porém, vem de muito antes.
“Tive uma construção cultural muito forte. Em casa, a gente sempre
cultivou muito a criticidade, com muita leitura, música e notícias.”
Já
tinha tentado outras duas vezes. Na primeira, tirei 840. Na segunda,
960. Tendo esse trabalho de formiguinha, eu consegui construir uma
redação nota 1000.