Um grupo que comprou ingressos, no início de 2020, para um show da Marília Mendonça e da dupla Jorge e Mateus ainda não recebeu reembolso da organização do evento. A festa ocorreria em 28 de março daquele ano, na Arena Castelão, em Fortaleza, mas foi adiada devido à pandemia. Todavia, além da crise sanitária, houve a morte da cantora, em 2021.
Após quase três anos, as empresas envolvidas não devolveram os valores pagos por consumidores. No “Reclame aqui”, site voltado para receber e analisar queixas, há cerca de 50 reclamações de pessoas que também não foram ressarcidas. O Diário do Nordeste conversou com alguns desses clientes.
O show foi organizado pela "7 Tons Eventos" e "Social Music". Já a "Ingressando", que contabiliza 350 reclamações na plataforma, operacionalizou a venda dos bilhetes. As três não foram localizadas pela reportagem.
A responsável pela comercialização dos ingressos chegou a informar uma data de devolução para o grupo ouvido pelo Diário do Nordeste. “Deram um prazo máximo até o dia 31 de dezembro de 2021, mas não foi cumprido”, relatou a fisioterapeuta Tayna Alcântara.
“Todos os canais que poderíamos ter acesso para fazer alguma reclamação e ter algum contato a respeito do que investimos sumiram. É realmente um descaso com as pessoas que compraram os ingressos”, afirmou.
No perfil da Social Music no Instagram, a descrição pede ao usuário para segui-la para que "esteja sempre com repertório atualizado" no site da Efolia.
Procurada, a Efolia afirmou, por e-mail, não ter ligação com a empresa citada. Contudo, as postagens relativas ao show programado para 2020 seguiam no perfil até a conclusão desta matéria. Questionada novamente, a Efolia reiterou, também por e-mail, não ter "nenhuma propaganda publicada com o nome do Efolia nessa festa.
Já a “7 Tons Eventos” e a “Ingressando” não foram encontradas. A segunda também está com o site e o perfil do Instagram fora do ar.
Dentre as pessoas que aguardam ressarcimento, está o empresário Paulo Vieira. “A verdade é que é um completo absurdo. Como é que a gente compra o ingresso, em fevereiro 2020, e vai completar agora três anos que o pessoal está em posse do meu dinheiro”, questionou.